DISCERNIMENTO – 

Aprendi em casa a exercitar a distinção entre o que é certo ou errado, através da prática nas pequenas atitudes diárias que experimentamos na convivência com as demais pessoas. A extensão disso foi também aguçar a capacidade de compreender o efeito de produzir ou submeter-se a situações tidas com “bem” ou “mal”,  utilizando o bom senso e a clareza necessária.

É fácil?

Não me proponho a avaliar, pois cada indivíduo possui ou desenvolve a sua própria aptidão para separar o verdadeiro do falso. Porém me atrevo a dizer que todos nós somos dotados de intuição, em menor ou maior escala, em saber diferenciar o que vem de Deus e o que não vem.

Lembra daquela imagem figurada de um anjinho e de um capetinha, cada um em uma das orelhas, “soprando” as consequências das nossas ações? Essa disputa é que dá o tom do discernimento. É a escolha consciente ou não, que nos leva a configurar o resultado como de sucesso ou de fracasso. Ou seja, dá-nos o discernimento de sabermos até onde podemos ir.

Esse “ir” é determinante, pois ele, certamente, promoverá sentimentos que se perpetuarão em nossas mentes, na condição de juízo, a nos avaliar durante muito tempo. Vai e volta, e somos surpreendidos mentalmente pelo julgamento das atitudes tomadas.

Alguns saberão lidar com retidão e, do seu julgamento íntimo, extrair lições que lhes trarão segurança e experiência para seguir agindo com discernimento apurado. Outros nem tanto. E outros tantos em nada lhes servem essas lembranças: “Fiz e tá feito”.

Os efeitos que as consequências dos seus erros ou acertos (sob a percepção própria) podem levar um bom tempo para ir diluindo-se até a chegada natural do amadurecimento espiritual. Para alguns será necessário ajuda psicológica para superar qualquer trauma deixado em sua alma. Outros, de ajuda espiritual. Porém todos, da nossa compreensão.

O discernimento deve permear por  todas as nossas atitudes e em todas as áreas de atuação – social, espiritual, profissional, pois ela é uma capacidade inerente ao ser humano.

Existe uma sutil diferença entre sabedoria e discernimento. A sabedoria está mais ligada ao adquirir conhecimento e ciência; o discernimento em distinguir o certo do errado que o leve a melhor atitude nas diferentes ocasiões que a vida nos apresenta.

Essa é a minha oração diária: “Senhor, dá-me o entendimento para saber distinguir o bem do mal, o certo do errado. Ajuda-me a perguntar-me antes de tomar qualquer decisão que possa afetar a minha vida e a vida de outros”.

Como está a sua capacidade de discernir?

 

 

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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