DINHEIRO, PARA QUE DINHEIRO? – Ana Luíza Rabelo

DINHEIRO, PARA QUE DINHEIRO? –

Vivemos em um mundo engraçado, onde a ordem do que é importante está invertida, alterada. Passamos a vida buscando juntar dinheiro, bens materiais e esquecemos de viver a vida.

Lutamos, corremos, madrugamos, em busca de confortos que não temos tempo para usufruir. Perdemos a infância dos nossos filhos, os pores do sol. Perdemos a saúde, correndo de um lado para o outro para pagar um plano de saúde que não temos tempo de utilizar.

E quando chegamos a uma idade em que temos tudo o que queríamos, não temos coragem ou forças para ir buscá-los. Não nego que, no regime capitalista no qual vivemos, o dinheiro tem, sim, a sua importância, mas ele nunca é tudo, ele não pode nos dar tudo.

O trabalho deve ser fonte de prazer, não de desespero, de desgosto. O trabalho deve ser parte da nossa vida, não toda a nossa vida. Geralmente, quando nos perguntam quem nós somos, a resposta é: sou médico, advogado, corretor… quando deveria ser: sou fulano de tal, uma pessoa, pois, acima de qualquer coisa, somos pessoas, com gostos e desgostos.

O valor do suor do rosto não pode (nem deve) ser negado, mas esse valor deve ser aproveitado, de forma consciente, de forma agradável. Ninguém deve passar pela vida, devemos vivê-la!

Amar o que se faz para viver é importantíssimo, mas não podemos confundir com viver do que se faz para viver. Olhemos ao redor, nossa família, nossos amigos e nossos lazeres não devem ser relegados indefinidamente, até que nos aposentemos, e não possamos “curtir” o que construímos.

Viver deve ser um prazer como um todo, no trabalho, na família, na sociedade. É fazer o que se gosta, quando pode, é ter planos, é sonhar!

Para isso trabalhamos, para transformar nossos sonhos em fatos, em realidades. É ir a Disneylândia ou ao Rio de Janeiro, se é o que se pretende.

Retire do seu trabalho a fonte de inspiração para os seus sonhos, viva suas folgas com alegria de um trabalho bem feito. Encontre equilíbrio: nem só razão, nem só curtição. O dia tem vinte e quatro horas, a semana tem sete dias. Se soubermos organizar, é possível trabalhar para viver sem viver para trabalhar.

O que fazemos deve ser um meio e não um fim, uma única razão.

Por isso, quando perguntarem quem é você, diga: sou uma pessoa que tem tal profissão, que gosta disso e não gosta daquilo. Sou um ser humano, lutando, através do trabalho, para realizar meus sonhos e ser ainda mais feliz!

 

Ana Luiza RabeloAdvogada (rabelospencer@ymail.com)

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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