Fábio Macêdo

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo (37%) e um grande abismo entre o arrecadado e o devolvido à sociedade. Há uma percepção clara da ineficiência governamental no quesito gestão, como aponta o estudo a seguir. O DATAFOLHA pesquisou 2091 brasileiros, de várias faixas etárias e sociais, entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2014 em 120 cidades do Brasil.  Com nota variando de 0 a 10, no quesito gastar, o brasileiro avaliou o governo federal em (4,4), estadual (4,6) e municipal (4,2).

No quesito lideranças, presidente da república (5,1)  –  governador (4,7) – deputados estaduais (3,8) – deputados federais (3,6) – vereadores (3,6) –  senadores (3,4). No quesito onde destinar a verba, em primeiro lugar apareceu saúde (58%), educação (22%), segurança pública (6%), combate à fome e à miséria (5%). Sobre investimentos futuros 77% dos brasileiros recomendam investir em infraestrutura (estradas, equipamentos médicos, escolas, hospitais) ao invés de programas assistenciais, o que obriga o governo a fazer cada vez mais gastos seletivos em seus programas assistenciais.

A diminuição gradual da carga tributária, até chegarmos a 30%, num prazo de 08 a 10 anos, certamente alavancaria a nossa economia. As empresas se modernizariam, reinvestindo os seus ganhos, melhorando a sua competitividade interna e externa, tendo como consequência direta o aumento do número de empregos. O cidadão teria um ganho real automático, pois com mais dinheiro em mãos, poderia investir em poupança, previdência privada, qualificação pessoal ou empreender, gerando riqueza ao seu redor.

Por ter serviços precários oferecidos pelo estado, o brasileiro usa boa parte do seu ganho para educação privada, plano de saúde complementar, transporte privado e segurança. Se o brasileiro tem uma percepção clara da má gestão governamental, nada mais justo que ele apoie a diminuição do tamanho do estado (desestatização), freando suas interferências exageradas no mercado, desburocratizando-o, melhorando a sua eficiência em educação, saúde e segurança. Fazendo isto, os governantes estariam dando uma grande contribuição ao fim do estado paquidérmico e o retorno ao crescimento contínuo, tendo como consequência a melhora nas suas avaliações.

Fábio MacêdoMédico

Ponto de Vista

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