DIALOGANDO COM PAPAI NOEL –
Recentemente estive em Estrasburgo, joia europeia que o mundo inteiro conhece como um dos altares mais luminosos do Natal, pois ali, as ruas parecem exalar o próprio espírito do Noel.
Em cada esquina, vento doce soprava sobre mim, como se a pureza do Papai Noel brincasse de tocar a infância do planeta. Foi então que a memória, sempre sábia, desatou seus laços, quando recordei o dia em que levei Arthur, meu neto, então com quatro anos, para ver os enfeites natalinos de um shopping em Maceió.
E com ele nos braços, sentei-me ao lado do Papai Noel para a foto ritual e ao me levantar, o bom velhinho inclinou-se, abriu um sorriso que só os que carregam histórias sabem dar, e sussurrou: “Professor Rostand… que alegria o rever. O senhor me ensinou no colégio Elio Lemos, há décadas”.
Seus olhos diziam mais que suas palavras. Olhei-o demoradamente, nada precisou ser dito; um brilho antigo abriu dentro de mim uma porta suave, que devolvia luz ao tempo em que eu, com apenas 17 anos, no conceituado colégio da Ponta Grossa, lecionava a jovens que muitas vezes tinham mais idade do que eu.
Era uma época em que meus sonhos eram vastos e ingênuos. Naquele reencontro, renasceu a certeza que a vida inteira tentou me contar: embora engenheiro por formação, sou, e sempre fui, professor por vocação. E os gestos de afeto recebidos ao longo dessa jornada tornaram-se tesouros que o tempo, generoso, nunca conseguiu desgastar.
Hoje, já de volta a Maceió, cercado pelos que me abraçam a alma, compreendo que cada ser humano guarda um Papai Noel dentro de si, guardião silencioso dos próprios desejos. Basta escutá-los com a serenidade de uma prece e na Noite Santa, esses anseios sobem aos céus, juntam-se às estrelas, pegam carona nos fogos de artifício e retornam como centelhas de vida, prontas para se tornarem realidade.
Neste fim de ano, acolhido pela família que ilumina meus dias, celebro a alegria de ter vivido o improvável: ter ensinado, um dia, ao próprio Papai Noel. Talvez seja por isso que, desde sempre, nunca deixei de acreditar no bom velhinho, e ele, ao que parece, também nunca deixou de acreditar em mim. Feliz Natal a todos, e que a magia permaneça onde os sonhos dormem.
Alberto Rostand Lanverly – Presidente da Academia Alagoana de Letras
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