Ana Luíza Rabelo Spencer
O Natal é uma época em que costumamos exercitar nossa solidariedade ao máximo, mas nós, simplesmente, paramos por aí. Praticamos algumas boas ações e pronto. O ano acaba, acaba-se nossa missão, certo? Não. Como eu disse, nós “exercitamos” nossa solidariedade. O Natal é como um treino para a pessoa que devemos ser durante todo o ano seguinte. Se somos um pouco mais pacientes ou generosos, se somos um pouco mais amigos ou menos hostis… devemos praticar agora para sermos muito mais. Tudo é uma oficina para nos tornamos melhores ao longo do ano vindouro. A vida é uma escola e estas são as provas finais. Você é que escolhe se quer passar de ano ou se quer que o ano passe por você.
Além da, infelizmente, tão restrita solidariedade natalina, o fim do ano traz mais um personagem pouco praticado em seu curso: as resoluções de ano novo. Minutos antes de o sino tocar e o novo ano se avizinhar, costumamos fazer um relatório do que fizemos, planejamos melhorar nisso ou naquilo e ponto final. Não se fala mais no assunto a partir de primeiro de janeiro. Não lembramos das resoluções até o “último minuto do segundo tempo”, quando lamentamos o que não foi realizado e reafirmamos nossas convicções futuras.
Todos os anos, nós temos renovadas nossas oportunidades de evolução, temos nossos pequenos deslizes esquecidos, nossas grandes falhas perdoadas e não conseguimos aproveitar a chance de crescer. Se anotássemos os planos a cada ano e, ao final, os comparássemos com o que foi efetivamente realizado, será que “passaríamos por média”, “ficaríamos em recuperação” ou seríamos reprovados sumariamente?
Acontece que temos por hábito ser rígidos para com os nossos amigos e não o somos quando avaliamos a nós mesmos. Porque a autoindulgência é tão fácil ao mesmo tempo em que é tão difícil perdoar os outros?
O espírito natalino falece subitamente após os festejos e não nos damos conta disso ou fingimos, para não termos que reanimá-lo. As resoluções de ano novo se auto- concretizam ou são empurradas para o fundo de uma gaveta mofada e esquecida até que seja tarde demais para se poder praticá-las.
Espero que o ano que vem chegando seja, de fato, um ano de realizações, que nossos “espíritos natalinos” não hibernem, que nossas “promessas de ano novo” sejam dívidas, e não dúvidas, e que possamos “passar” com louvor nas matérias da vida, sobretudo no amor, na generosidade e no perdão.
Ana Luíza Rabelo Spencer, Advogada (rabelospencer@ymail.com)
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,2970 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5030 EURO: R$ 6,1830 LIBRA: R$ 7,0830 PESO…
O Rodoanel foi liberado após um acidente envolvendo cinco carretas na manhã desta quinta-feira (4) provocar o bloqueio…
A prova discursiva da segunda edição do Concurso Nacional Unificado, aplicada neste domingo (7), é uma…
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil variou 0,1% no terceiro trimestre de 2025, informou o…
Pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco, ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte,…
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta quinta-feira (4), a 6ª plenária…
This website uses cookies.