A economia brasileira tende a registrar neste ano os mesmos níveis de retração verificados em 2015 devido à desconfiança do mercado em relação à situação política do país. A opinião é do professor da Universidade de São Paulo (USP) Fabiano Caxito, que atua nas áreas de gestão comercial, varejo e economia. Segundo o especialista, a retração do consumo deve atingir níveis entre 3% e 5%, com a retração do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos consumos do governo, pessoas e empresas.
De acordo com Fabiano Caxito, esse cenário econômico, inevitavelmente, levará a aumentos do índice de desemprego – que, na visão dele, vai girar em torno de 9,5% -, redução na renda e poder de compra, aumento da inflação e queda da confiança. Esses quatro pilares abalados sugerem a propensão dos consumidores a consumir menos. Para as empresas, a consequência direta disso é a queda no rendimento. “Se o faturamento cai e a inflação aumenta, a lucratividade das empresas vai ser menor”, diz.
Ele também acredita que, de todos esses fatores, o mais negativo é o desemprego. Isso porque as empresas reduzem o número de funcionários e os que ficam acabam mantendo a produtividade. Mesmo que a situação econômica melhores, as empresas demorariam em média dois anos para voltar a recontratar. “Imagine quase 10% da população desempregada por dois anos!”.
O especialista veio à capital potiguar ministrar a palestra ‘O Mercado de Consumo e as Oportunidades para 2016’, nesta terça-feira (23), a convite do Sebrae no Rio Grande do Norte, Federação das Associações Comerciais do RN (Facern) e Federação do Comércio Varejista do Estado (Fecomercio-RN). Além de atuar como consultor em empresas, como Ambev e Casas Bahia, ele é autor do livro ‘Não Deixo a Vida me Levar, a Vida Levo Eu!’ (Ed. Saraiva, 2009) e coautor do ‘Manual do Varejo Brasileiro’ (Ed. Saint Paulo, 2013).
A ideia da iniciativa foi apresentar aos empresários potiguares alternativas para driblar a crise e apontar as principais tendências e oportunidades de negócios ao longo do ano. Realizada no auditório do Sebrae, em Natal, a palestra foi transmitida simultaneamente para empreendedores do interior nas cidades de Assu, Caicó, Nova Cruz e Pau dos Ferros, presentes nos escritórios regionais.
Fabiano Caxito recomenda que os empresários passem a pensar em estratégias de curto e longo prazos para minimizar os possíveis efeitos da retração do consumo. Podem ser desde medidas simples de gestão até mais complexas com a compreensão das tendências do mercado. “Não existe mágica, existe trabalho”, resumiu.
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