O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu visitou diversos países da América Latina e agora se encontra com o presidente americano Donald Trump para tratar do assunto nuclear iraniano que ameaça tanto o Oriente Médio. E, para isso, o primeiro-ministro foi inteligente e se dirigiu a Donald Trump dizendo que foram os Estados Unidos que ajudaram a criar o projeto nuclear daquele país na década de 1950. Naquela ocasião, o Irã se comprometeu em não desenvolver tecnologia nuclear para fins bélicos; entretanto, não estava programada a Revolução Islâmica de 1979 em que os Estados Unidos apoiaram o então Xá Reza Pahlevi e se afastaram do país persa definitivamente. Agora, Benjamin Netanyahu, usando o pretexto do início, afirma que o Irã vem mentindo constantemente e possivelmente já tem armas nucleares, pelo que alerta Donald Trump a não acreditar na palavra deles e pedindo sanções mais enérgicas com intuito de estacionar o que já progrediram na usina nuclear de Bushehr. Netanyahu disse ainda que as medidas adotadas pelo Conselho de Segurança Nacional, que já adotaram três resoluções de sanção contra o Irã para pressionar a suspensão de atividades de enriquecimento de urânio, não são suficientes. O Irã precisa de uma resposta mais dura para evitar o iminente perigo para a humanidade, lembrando inclusive o que o mundo atravessa no tocante à Coreia do Norte, onde um louco dispõe de um arsenal nuclear e ameaça explodí-lo em qualquer hora ou em qualquer local. Poucos são os países do mundo que apoiam o Irã, inclusive lamentavelmente o Brasil consta nessa lista. Isso vem desde o então ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que disse à época que é impossível para o Irã atender a exigência de potências internacionais para que prove que seu programa nuclear não tem fins militares. Isto equivale, na opinião do chanceler, a produzir uma prova negativa. Amorim comparou a situação iraniana a do Iraque, que não provou não ter armas químicas e que por isso foi invadido pelos Estados Unidos. Todavia, os especialistas em Relações Internacionais acreditam que Netanyahu chegou aos Estados Unidos para fortalecer ainda mais a boa relação que no momento existe entre Israel e os Estados Unidos depois de um período conturbado com Barack Obama. Como estava muito próximo de lá, deu uma parada em Washington.

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,1270 DÓLAR TURISMO: R$ 5,3770 EURO: R$ 5,4970 LIBRA: R$ 6,4320 PESO…

2 dias ago

Crianças indígenas e não indígenas se encontram em Brasília para aprender juntas a história do Brasil

Desde pequena, Luna Katariru, da etnia Manchineri, conhece a história da luta indígena. Aos 7…

2 dias ago

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 8

A Caixa Econômica Federal paga nesta sexta-feira (26) a parcela de abril do Bolsa Família…

2 dias ago

Após STF barrar medida, frente parlamentar defende a desoneração da folha: ‘Gerar empregos e renda’

Frente Parlamentar do Empreendedorismo, em nota assinada pelo seu presidente, deputado Joaquim Passarinho (PL-MA), defendeu…

2 dias ago

Divórcios e Vendas: na busca incessante pelo par ou cliente perfeito, as oportunidades passam

O Brasil tem enfrentado um aumento significativo no número de divórcios nos últimos anos, enquanto…

2 dias ago

PONTO DE VISTA ESPORTE – Leila de Melo

1- ABC e Náutico se enfrentam neste sábado pela segunda rodada da Série C do…

2 dias ago

This website uses cookies.