COISAS DO RN –

Me encontro com Chico Cunha ex-funcionário do DER, aposentado, que foi puxando assuntos da atualidade e abriu o verbo.

– Eu não deveria falar! Mas, vou falar sim eu sou linguarudo e vou falar sim. Eu nasci burro e falador, não são meus defeitos e sim minhas virtudes.

No Rio Grande do Norte, de umas décadas para cá, alguns tecnocratas de uma “competência” fora do comum têm depenado ou delapidado o seu patrimônio com medidas que só Tojó entende (ainda sou do tempo do entendeu tojó?) continuando, o DER – Departamento de Estradas de Rodagem foi criado para administrar (talvez) o maior patrimônio financeiro  do Estado, mas alguns idiotas que não entendem bulhufas de estradas de qualquer tipo, nem de carrinho de brinquedo, acharam por bem começar a desmontagem do DER.

Para iniciar tem ou tinha um quadro de funcionário desmotivados, com baixo salários (com exceção dos engenheiros) e sem espaço físico para exercer as suas atividades, e o seu prédio sendo tomado por outras repartições, diminuindo de tamanho.

Quando entrei no DER, pertencia ao seu património, uma oficina central para concerto e manutenção dos seu equipamento rodoviário, um almoxarifado muito organizado, que garanto não existir nem um igual até hoje, mecânicos com cursos qualificados – alguns quando saíram do DER mantiveram esses conhecimentos para trabalharem por conta própria, sete Distritos Rodoviários distribuídos estrategicamente pelo interior do Estado, laboratório de solos, talvez o melhor do RN, um centro de estudos para qualificar todos os funcionários inclusive engenheiros (que também são funcionários), por isso que o quadro de servidores era considerado o melhor do nosso Estado e o DER-RN chegou a ser considerado em qualidade de serviços e instalações, o terceiro do nosso Brasil. A C A B A R AM  C O M  T U D O. O DER deixou de existir, praticamente só existe no papel, hoje até os funcionários aposentados são proibidos de estacionarem seus veículos no estacionamento do prédio, pois dividiram ou doaram as salas para outras repartições.

Assim se conta essa história, – terminou? Não, não senhor, ainda tem uma coisinha bem “pixixotinha”, o Governo do Estado mandou um projeto para nossa Assembleia criando o programa Moto Legal.

– E que porra é isto?

– Ah meu bom amigo, é uma coisa de outro mundo.

– De outro mundo? Me explica?

– Vou te explicar. Tem como objetivo incentivar a regularização de motos irregulares sem poder apreender essas motos.

– Ah amigo não diga! O que foi que os assaltantes acharam?]

– Uma beleza, passei por uma rua e tinha um grupo de motoqueiros assaltantes cantando.

Poetas, assaltantes,

Criminosos, correi.

É chegada a hora de

Arrombar e assaltar

Pois o governo, agora,

Vai nos ajudar.

– Amigo, a conversa está boa mas tenho que ir embora,  vou  pegar o Lunik 9 pois vou para Marte, aqui na Terra a minha inteligência estourou. Bye, Bye.

 

 

Guga Coelho Leal – Engenheiro e escritor, membro do IHGRN

As opiniões emitidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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