O papel de outro integrante da família Ubarana no suposto esquema de desvio de recursos públicos da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte – escândalo implodido com a Operação Judas, em 2012 – começa a ser delineado. Ontem (3), três servidores do tribunal prestaram depoimento na segunda audiência de instrução do processo. As testemunhas afirmaram que Andréa de Paiva Ubarana, irmã de Carla Ubarana, suposta mentora do esquema, comandava a divisão na ausência desta, apesar de o tribunal designar oficialmente um servidor para ocupar o cargo. Originalmente, Andréa era lotada no memorial da corte, segundo as testemunhas.
A Operação Judas foi deflagrada em 31 de janeiro de 2012 pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, com base em suspeitas sobre o funcionamento e pagamento no setor de precatórios do TJRN. As testemunhas de acusação foram arroladas pelo Ministério Público para a fase de instrução do processo. Prestaram depoimento ontem de manhã Elton John Marques de Oliveira, Lisiane Martins de Medeiros e Roberta Veríssimo, servidores lotados na Divisão de Precatórios e, à tarde, o juiz auxiliar Luiz Alberto Dantas, que integrou a investigação interna do Judiciário sobre as fraudes no setor de precatórios.
Nos depoimentos, as testemunhas explicaram como era o dia a dia da Divisão de Precatórios. Os relatos dos servidores convergiam em vários pontos: a aparente riqueza ostentada por Carla Ubarana, até então uma simples servidora; o individualismo e a concentração de poderes – segundo relatos, Carla chegou a assinar despachos de solicitações feitas por advogados à Corte, algo que não era de sua alçada – e a presença efetiva de Andréa Ubarana, irmã de Carla, no cotidiano da Divisão. Em 2009, Andréa foi exonerada do cargo comissionado no Memorial Desembargador Vicente de Lemos. Como servidora antiga do quadro, foi relocada para a Divisão de Precatórios, de acordo com a assessoria de imprensa do TJRN.
Entretanto, segundo os servidores, era ela quem comandava o setor na ausência de Carla. De acordo com Lisiane Martins de Medeiros, lotada no setor de 2010 a 2012, sem Carla, pagamentos não eram feitos nem documentos despachados, e o manuseio do famoso armário de metal onde Ubarana guardava os processos era designado a Andréa. “Existia um substituto oficial, mas era Andrea quem manuseava os processos do tribunal”, completa a servidora.
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