O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na quinta-feira (10) aos cidadãos americanos que estão na Ucrânia para que saiam do país devido à ameaça de uma invasão russa.
“Os cidadãos americanos deveriam sair agora. As coisas podem acelerar rapidamente”, declarou Biden durante uma entrevista para a NBC News. Ele citou o número de soldados que a Rússia deslocou para a região da fronteira com a Ucrânia: 100 mil.
Biden descartou novamente a ideia de enviar soldados à Ucrânia, nem mesmo para ajudar a retirar os cidadãos americanos em caso de invasão. Isso seria “uma guerra mundial. Quando os americanos e os russos começam a atirar uns nos outros, entramos num mundo muito diferente”, afirmou Biden.
Nesta sexta-feira, Antony Blinken, o chefe da diplomacia americana, disse que a Rússia continua enviando tropas para sua fronteira com a Ucrânia e afirmou que a invasão pode começar “a qualquer momento”, inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China.
A entrevista com Biden foi ao ar após o início de importantes manobras conjuntas entre os exércitos russo e belarrusso às portas da Ucrânia, diminuindo as esperanças de uma desescalada após semanas de intensos esforços diplomáticos na Europa.
A Otan garantiu que o envio de mísseis, armamento pesado e soldados armados a esse país situado ao norte da Ucrânia era “um momento perigoso para a segurança da Europa”, que vive os momentos de maior tensão desde a Guerra Fria.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscou de exercer uma “pressão psicológica” sobre a ex-república soviética, agora inclinada para o Ocidente.
Os líderes europeus estavam envolvidos nas últimas semanas em um frenesi diplomático para tentar diminuir as tensões, incluindo visitas a Moscou do presidente da França, Emmanuel Macron, e futuramente do chanceler alemão, Olaf Scholz.
O mandatário alemão se reuniu com líderes dos países bálticos nesta quinta-feira e alertou a Rússia para “não subestimar a união e a determinação como membro da União Europeia e aliando da Otan”.
O chefe do Estado-Maior dos EUA, general Mark Milley, disse que queria evitar “incidentes desagradáveis” no início das manobras militares, e conversou por telefone com o colega bielorrusso, general Victor Goulevitch.
O ministro da Defesa russo insistiu que os exercícios focariam em “suprimir e repelir agressões externas” e o Kremlin prometeu que as tropas serão repatriadas ao fim das manobras, previstas até 20 de fevereiro.
A Rússia também enviou seis navios de guerra através do Bósforo para a realização de exercícios navais no mar Negro e no mar de Azov.
Diante da indignação europeia, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, classificou de “incompreensível” a preocupação com os exercícios militares e alertou que “ultimatos e ameaças não levam a lugar algum”.
Lavrov recebeu em Moscou a homóloga britânica, Liz Truss, que pediu a retirada das tropas russas da fronteira com a Ucrânia. A ofensiva diplomática de Londres foi completada pela visita do primeiro-ministro Boris Johnson à Otan e Polônia.
Para os EUA, a Rússia se prepara para lançar uma nova operação militar contra a Ucrânia, após a anexação da Crimeia, em 2014. O governo da Rússia nega qualquer intenção bélica e afirma que deseja garantir sua segurança diante do que considera um comportamento hostil de Kiev e da Otan.
Os russos exigem o fim da política de ampliação da Otan, o compromisso de não instalar armas ofensivas perto das fronteiras russas e o recuo da infraestrutura militar da Aliança às fronteiras de 1997, ou seja, antes de a organização receber os ex-membros do bloco soviético.
Os países ocidentais consideram estas condições inaceitáveis e ameaçam impor sanções econômicas em caso de ofensiva na Ucrânia, com destaque para possíveis consequências negativas para o gasoduto Nord Stream 2, entre Rússia e Alemanha.
Apesar das tensões, ambas as partes advogam por manter a via diplomática aberta, que parecia dar resultado antes do início das manobras militares em Belarus.
Após a anexação da Crimeia em 2014, uma guerra eclodiu em Dombas (leste da Ucrânia) entre as forças de Kiev e separatistas pró-Rússia que já deixou mais de 14.000 mortes em oito anos, segundo o último balanço da ONU.
Fonte: G1
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