Ana Luíza Rabelo
A beleza sempre esteve em destaque na sociedade. Obras de arte, arquitetura e paisagens atraem os olhos humanos, prendem a atenção e tornam-se objetos de desejo e admiração. É plausível essa nossa busca pelo que é belo, pelo que seduz nossos sentidos. É aceitável a busca pela perfeição em nossos trabalhos. É importante que possamos valorizar as maravilhas do mundo, sejam elas produzidas pelo homem ou pela natureza.
O que torna a busca pela beleza bizarra é a obsessão em transformar a nós mesmos em bonecos, iguais e perfeitos. Essa busca vai de encontro ao princípio da singularidade do ser. Cada um de nós é único, é especial, e são essas características, essas diferenças, que permitem que sejamos insubstituíveis. São essas peculiaridades que nos distinguem, que fazem de mim e de você exatamente as pessoas que somos.
Infelizmente, ao perseguirmos a perfeição, acabamos por encontrar a uniformização de uma classe. Grupos divididos por afinidades, que se transformam em clones uns dos outros. Grupos que sufocam a individualidade, que suprimem as particularidades de seus membros. Como uma colônia, a tal ponto de o indivíduo não reconhecer a si próprio quando não está agregado aos demais.
A socialização é imprescindível para a continuação da vida que conhecemos. As afinidades permitem que os grupos se encontrem e aproximem seus elementos, mas a identidade deve ser um atributo pessoal, que qualifique cada criatura por si.
A coletividade deve favorecer as agregações, sem esquecer-se de brindar as características pessoais. Sem reprimir o que nos diferencia das máquinas, da produção em série, da clonagem.
A imperfeição física e estética, as diferenças, não fazem de alguém um ser inferior, fazem dele um ser especial, permitem que os grupos possam ter elementos ímpares e, sobretudo, elementos identificáveis. Buscar a beleza não está errado, apreciar a perfeição faz da raça humana o que ela é de fato, seres pensantes, que sabem apreciar e buscar o “belo”. Querer se igualar aos outros não permite a supressão da inveja, pelo contrário, estimula-a.
Cabe aos pais, aos amigos e à sociedade em geral incentivar a vida em grupo e valorizar todas as diferenças entre as pessoas. Atitudes de respeito pelas imperfeições próprias e alheias irão fundamentar um planeta tolerante, irão gerar soluções ao invés de problemas. Existe um ser especial em cada criatura, e reconhecer as semelhanças sem reprimir as variáveis só nos levará à evolução de forma mais rápida e indolor.
Ana Luíza Rabelo – Escritora, Advogada (rabelospencer@ymail.com)
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