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Banco Central: ‘prévia’ do PIB recua 0,99% em janeiro, maior queda desde março de 2021

O Banco Central informou nesta quinta-feira (17) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou recuo de 0,99% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2021.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2021, a economia brasileira registrou crescimento de 4,6%.

O resultado divulgado nesta quinta representa:

  • maior tombo do nível de atividade desde março de 2021, quando recuou 1,67%;
  • primeiro recuo mensal do indicador desde setembro do ano passado.

 

A queda divulgada nesta quinta-feira foi calculada após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes.

Comparações

Na comparação com janeiro do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade divulgado nesta quinta registrou estabilidade (+0,01%).

Ainda de acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 4,73% em 12 meses até janeiro. Nesse caso, foi calculado sem ajuste sazonal.

Com a queda em janeiro, o índice de atividade do BC atingiu 138,48 pontos, menor patamar desde dezembro de 2020, quando estava em 138,18 pontos.

Nível de atividade

O indicador do nível de atividade é divulgado em meio à desaceleração da economia, fruto da alta da inflação e da taxa básica de juros da economia, além da guerra na Ucrânia – que impacta a atividade mundial.

  • Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 0,49%, com forte desaceleração em relação ao crescimento de 4,6% de 2021.
  • Para o Ministério da Economia, o último número, divulgado em novembro do ano passado, indica um crescimento de 2,1% em 2022 – mas este valor deve ser revisado para baixo.

 

PIB X IBC-Br

O IBC-Br do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Nesta semana, a taxa atingiu 11,75% ao ano, o maior nível em cinco anos, para tentar conter a alta de preços. Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa subirá mais nos próximos meses, atingindo 12,75% no fim de 2022.

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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