“Pessoas que estão envolvidas dentro dos nossos processos de cultura: empresas de transporte, pessoas trabalhadoras, técnicos de som, de iluminação, uma série de pessoas são impactadas com essa falta”, explicou.
Segundo o produtor, ao questionar o Município sobre os pagamentos, ele respostas sobre uma fila de pagamentos e que não há previsão.
“Apenas respostas que não nos contemplam, como ‘não sabemos ainda como iremos pagar’; ou “essas dívidas são de outra gestão, do ano passado e aí está difícil da gente arcar com isso, que isso está demorando” e também que ‘tem pessoas desde o carnaval de 2024, desde o Natal em Natal de 2023 que ainda precisam receber e que estão dentro de uma fila cronológica que não tem fim’. E que não tem transparência”, lamentou.
Já o produtor cultural Daniel Russo contou que realizou um festival gastronômico em quatro fins de semana no Beco da Lama, no centro histórico da cidade, e também não recebeu os valores firmados em contrato com a prefeitura.
“Vários artistas aqui da cidade que desde o ano passado não recebem seus cachês. Executaram seu trabalho, fizeram seus ensaios, gastaram com estúdio, fizeram seu deslocamento até o local da apresentação, mas não receberam até hoje um centavo”, lamentou Daniel.
Ele questionou ainda o fato da prefeitura contratar artistas nacionais para festas na capital potiguar sem antes resolver as pendências com os artistas locais.
“Dinheiro para pagar artista de fora sempre tem, mas para pagar essa galera que está aqui diariamente levando o nome da cidade, o nome do RN, dando sua cara a tapa pela cultura e pela arte fica escanteado”, disse.
Por conta dos atrasos, o grupo se organizou e buscou o Ministério Público do Rio Grande do Norte para acionar a Justiça sobre o impasse. A categoria também organiza protestos neste fim de ano.