Adeus, Dilma. O Brasil recomeça

Por 61 votos a favor e 20 contra, no Senado, Dilma Rousseff passa a ser ex-presidente da República, e a História vai julgar o PT e lulismo. Um desfecho inimaginável, pelo menos, para este locutor que vos fala.
Os mesmos senadores, surpreendentemente, com apenas 36 votos a favor, modificaram a Constituição Federal, mantendo os direitos políticos e habilitação para exercer função pública para a ex-presidente.
Dilma perdeu o mandato, mas não tornou-se proscrita da vida política do país, apesar de ter sido condenada por ter cometido vários crimes de responsabilidade previstos na lei 1.079/50 e ferido várias leis, desde a maior delas, a Constituição, até a orçamentária e a de Responsabilidade Fiscal.
Uma solução “jabuticaba”, que só existe no Brasil.
O Brasil não poderia manter na Presidência da República uma titular que, além de reiteradamente demonstrar desapreço pelas instituições da Democracia representativa, não hesitou em atropelar os limites da legalidade no tocante à administração financeira e à legislação orçamentária.
Especificamente, autorizar créditos suplementares sem a aprovação do Congresso Nacional equivale a desconsiderar a necessidade de uma lei orçamentária e a ignorar a existência do Legislativo como contrapeso ao Executivo, atingindo dessa forma, em seu âmago, a forma republicana e democrática de governo.
Para se eleger e reeleger presidente, Dilma Rousseff participou de uma farsa arquitetada pelo ex-presidente Lula, farsa assentada, como se recorda o leitor, sobre três pilares principais: a popularidade de Lula (à época superior a 80%), embustes publicitários e recursos de origem ilícita jorrando em abundância, corrompendo consciências e comprando impunidade.
Com seus próprios recursos, Dilma não se elegeria nem para a Câmara Municipal de Porto Alegre, onde residia, e disso Lula sabia melhor que ninguém. Mas sabia também que sua popularidade pessoal, as mágicas do publicitário da corte e a cornucópia da Petrobras seriam suficientes para alçar sua pupila às alturas do Planalto. Somente o futuro revelará qual a verdadeira intenção deste tresloucado gesto.
O problema é que o despreparo de Dilma não decorria apenas de sua incompetência gerencial e de sua incultura econômica, mas de algo que, de certa forma, as precede: a pobreza de sua visão de mundo associada à arrogância de se achar a “dona da Verdade’; a que nunca erra.
Dilma é a segunda presidente da República do Brasil afastada do cargo por prática de crime de responsabilidade num período de 24 anos. Deixa de legado a maior crise econômica da história republicana e 11,6 milhões de desempregados (numa taxa que beira 21% nas camadas mais pobres da população). Deixa um déficit na meta fiscal de R$ 170 bilhões de reais, e uma máquina de governo, inchada e cara, com 39 ministérios.
Os governos do PT foram anos em que a corrupção deu as cartas, o interesse público foi ludibriado e o dinheiro que deveria servir a população transformou-se em combustível de uma tão poderosa quanto desonesta máquina eleitoral. Pior, deixaram o país dividido entre “nós’ e “eles’, milhões de pessoas em guerra fraticida.
O pesadelo está chegando ao fim. O impeachment de Dilma Rousseff foi a medida imprescindível para que o Brasil apresse a recuperação econômica, gerando empregos.
Perdemos mais de uma década. O PT não foi sequer capaz de fazer a reformulação da formação dos professores para gerar impactos nas salas de aula; e alcançar níveis competitivos de desempenho escolar. Ficamos na estação vendo o trem passar. E milhões de jovens trabalhadores perdidos, sem qualificação.
O Brasil está agora diante da chance de ter um recomeço depois do tsunami petista.
Para isso, algumas medidas serão necessárias. O ajuste fiscal é a primeira delas. Depois, fortes investimentos em infraestrutura, e novas relações internacionais, sem os bloqueios ideológicos que os inviabilizaram durante todo o período lulo-dilmista.
Por outro lado, os baixos padrões de aprendizagem de nossas escolas são determinantes para a baixa produtividade do trabalhador brasileiro, e a ausência constante de inovação tecnológica na produção nacional. Ciência e Tecnologia devem ser prioridades; ao lado do debate sobre a importância da Tolerância (conviver com o diferente) como sentimento indispensável para a construção do futuro.
Não será nada fácil, vamos precisar de todo mundo.
Por fim, aprofundando o combate à corrupção, deve-se implementar uma reforma política séria e abrangente, com o objetivo de recolocar o sistema político a serviço da sociedade.
Não há mais tempo a perder, porque foi muito grande o estrago feito pelo lulo-dilmismo.  Surge um fio de esperança. Adeus, Dilma! O Brasil recomeça.
Ponto de Vista

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