INFINITUDE –
Final de tarde, boquinha da noite, caminho absorto em meus pensamentos, enquanto no oeste ainda há um pouco de luminosidade no céu, resquícios do sol que já se pôs e cumpriu sua missão; bem, ao menos aqui na terra. Acho que agora deve iluminar a lua, que logo mais vai brilhar aqui no céu do nosso continente num belíssimo espetáculo.
Continuo caminhando e observando o tempo passar concomitantemente com os acontecimentos, tempos modernos e de danação.
Ao longo na BR, os automóveis passam num frenesi próprio do horário, faróis acessos a iluminar o início da noite num bonito espetáculo. Na calçada um garoto com gestos delicados tira um self, confere a foto e sorri, acho que gostou do que viu.
Mais a frente um casal de garotos homoafetivos trocam afagos sem o menor constrangimento, enquanto as pessoas que vêm a cena torcem o rosto e seguem sua caminhada.
Penso no ocaso do sol que se repete diariamente. Dizem os cientistas que um dia esse final será definitivo . Talvez nessa época o ser humano já esteja habitando outros planetas em diferentes galáxias, tomara!
Penso na finitude da vida, lembro de Jansen Leiros, que esta semana se foi, nos deixou para sempre. Sinto saudades.
Ele e eu nos encontramos muito pouco nessa vida, mas valeu. Demos algumas gargalhadas juntos e foi muito bom. Acreditava na reencarnação. Que os bons espíritos o guiem e que Deus o abençoe sempre!
Alberto Oliveira – Representante comercial aposentado