ADEUS ANO NOVO! – Renato Cunha Lima Filho

ADEUS ANO NOVO! –

O ano 2020 tinha tudo para ser um grande ano, as expectativas eram ótimas para o Brasil, crescimento econômico, geração de empregos, até que chega do oriente uma notícia de uma nova doença, um tal de Coronavírus.

Antes mesmo da praga chegar em nossas terras já começamos a pagar o preço, com as bolsas despencando, dólar disparando e todo o pânico gerado pela histeria que dominou o mundo.

Na real, no papo reto, o coronavírus chegou aqui como doença de rico para desempregar o pobre.

Os primeiros doentes com coronavírus foram aqueles vindos do exterior, com condições para passear, estudar e trabalhar fora do país, mas as consequências econômicas do caos atingiram e pesarão nos mais pobres.

Num país que já amargava um índice alto desemprego, herdado pela hecatombe da corrupção e descalabro administrativo que tivemos, é desalentador ver que novamente iremos para o buraco e que os pobres pagarão o maior preço.

Parece que depois do chute, o Brasil está levando um coice. Muito triste saber que a saída para enfrentarmos a epidemia é o confinamento da população, para evitar a escalada dos contágios, o que impactará fortemente na subsistência econômica das pessoas.

O que acontecerá com Seu Zé, que todo dia amanhece para vender pipoca na frente da escola, se a escola estará fechada?

As medidas de isolamento, confinamento, evitando aglomerações, são corretíssimas para salvarmos sobretudo os nossos vovôs e vovós aposentados, mas os jovens que sonham em construir uma vida, quem pagarão com o desemprego e as falências.

O Coronavírus não pode ser visto apenas como um vírus que mata velhinhos, na verdade é uma doença que atinge pela ótica biológica o idoso e do ponto de vista socioeconômico o jovem.

Um desencanto, agravado muito pela histeria coletiva, muitas vezes por conta de uma mídia sensacionalista e alarmista.

Amanhã quando a doença deixar de ser só do rico e o brasileiro pobre, já desempregado, for a maioria dos doentes, o coronavírus não será mais notícia de jornal, assim como é a dengue, o H1N1, que matam milhares todos os anos, sem que isso tenha importância nas manchetes dos jornais.

O globalismo e as novas maneiras de comunicação, que nos aproxima para realizarmos encontros, trocas, negócios, amizades, relacionamentos, agora nos mostra sua face trágica, de uma doença que atinge todos, de uma forma ou de outra, sem fronteira, em todas as culturas e etnias.

A humanidade vai ter que repensar muita coisa depois que essa nuvem negra se dissipar, o aprendizado não pode ser apenas nas questões inerentes à saúde, tem muitas faces deste caos que precisam de análise, nossa economia, nossa ética, nossa sociedade, nossa humanidade em si.

Que seja uma oportunidade, nosso grande desafio é este, para sairmos melhores depois de tudo isso.

 

 

Renato Cunha Lima Filho – Administrador de Empresas

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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