ACADEMIA ALAGOANA DE LETRAS, EXEMPLO DE FAROL, MOTIVO DE COBIÇA –
Tornou-se realidade em Maceió, aquilo que outrora parecia cena de ficção ou relato distante: furtos realizados em plena luz do sol ou sob o reflexo da lua, nos estabelecimentos que compõem o coração da cidade, pois o centro, espaço de memória, comércio e encontros, tem sido alvo constante de delinquentes que, com ousadia crescente, agem como se dominassem cada detalhe do ambiente em que atuam.
Na tarde silenciosa de recente quarta-feira, a Casa Jorge de Lima, templo maior da literatura Caeté, foi alvo de abominável episódio de violência contra seu patrimônio, vez que sua sede à Praça Sinimbu, foi assaltada por meliante, cujos passos foram todos registrados por circuito fechado, composto por dezenas de câmeras: cirúrgicos movimentos rastejantes, para driblar os sensores de alarme, a escolha certeira do único ponto cego do pátio e, com destreza calculada, o desligamento do quadro de conexão com a empresa de segurança.
Em seguida, de forma visivelmente estudada e sincronizada, o bandido retirou além de suas luminárias, toda fiação condutora da energia elétrica do prédio, para ao térmico da ação, deixar o local com a calma de quem sai ileso, como se inocente fosse.
Duas semanas se passaram após queixa ser devidamente registrada em delegacia, mas não cabe à Academia Alagoana de Letras, transformar em lamento contínuo aquilo que poderia enfraquecer seu brilho, pelo contrário, a casa das casas da cultura alagoana segue firme, imbatível, indestrutível, fazendo por merecer aplausos mundo afora.
A energia que agora ilumina suas paredes não vem apenas dos fios roubados e já repostos com mais intensidade e qualidade, mas da grandeza de seus imortais, da produção intelectual que resiste, do amor que os apreciadores da cultura nutrem por esse espaço, onde espíritos e vozes de grandes criaturas do passado, não somente ecoam como jamais se ofuscam ou adormecem.
A Academia Alagoana de Letras não se abala, ao contrário, continua exemplo, farol, norte e, inevitavelmente, motivo de cobiça, de tal forma que mais forte a cada dia, renova-se no propósito de servir à cultura, lembrando que nenhum ato de vandalismo será maior que a luz da palavra escrita. No fim, tudo vai dar certo, porque as raízes da Casa Jorge de Lima são mais profundas do que qualquer tentativa de escuridão.
Alberto Rostand Lanverly – Presidente da Academia Alagoana de Letras
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