A REVOLUÇÃO SEXUAL E SUAS ILUSÕES –
Wilhelm Reich, psiquiatra, sustentava: “a opressão sexual está a serviço da dominação de classe. Esta se reproduziu ideologicamente e estruturalmente nos dominados e constitui, nesta forma, a força mais poderosa e menos conhecida de toda espécie de opressão”. Para reverter tamanha injustiça, escrevem Agustin Laje e Nicolás Márquez em O Livro Negro da Nova Esquerda, a revolução marxista deveria passar não somente pela luta de classes, mas também por uma revolução sexual, que consistiria em desencadear paixões eróticas e promover a infidelidade com a consequente destruição da família. O sexo livre constituiria elemento de grande eficácia revolucionária de transformação da sociedade. A obsessão dos tempos modernos na sexualidade vem como fruto da cooptação da revolução sexualizante pela ideologia da esquerda. O continuador e aperfeiçoador da obra de Reich e de suas amalucadas investigações orgásmico-científicas foi Herbert Marcuse que culpabilizava o capitalismo pelo contexto sócio cultural repressor, que censura e obstaculiza o prazer, para que o homem tenha que trabalhar todo dia para produzir e subsistir, desviando sua libido para o trabalho e lucro dos poderosos. Outro passo viria com Michael Foucault, que nos anos 60 transpôs a relação de exploração e domínio econômico que o Marxismo sustentava para os laços das relações socioculturais interpessoais. Toda sua obra questiona as instituições onde os agentes do conhecimento ou da opressão atuam, igreja, medicina, hospitais, sistema judicial. Para ele, loucos, pervertidos e criminosos eram vítimas do sistema, dentro de um mecanismo de controle planejado. Seriam assim, por excelência, personagens para derrubar a ordem estabelecida e promover a revolução. Perguntado como imaginava o futuro da humanidade, se entusiasmava com a possibilidade de um mundo marcado por “drogas, sexo e comunas”. Em paralelo corria o mundo real. A descriminalização do aborto na Rússia veio em 1920, como um novo capítulo da ideologia da engenharia social eugenista.
Alexandra Kollontai, revolucionária e teórica do Marxismo, militante ativa da revolução Russa de 1917, aplaudiu a ideia como libertadora. Fingia desconhecer que as principais vítimas do aborto eram os menos favorecidos, num verdadeiro extermínio dos filhos da classe trabalhadora. Para Kollontai, o casamento era uma jaula que precisava ser destruída pela libertação feminina, o fim da família, com a libertação sexual triunfante, era sua obsessão. A dura escola da experiência mostrou o peso das ilusões da revolução sexual, em 1936 Stálin voltou a criminalizar o aborto, tem 1937 Volfson propôs a volta do casamento monogâmico. Kollontai lamentava “nossa época romântica está completamente acabada”. Nos anos 1960 novos revolucionários empunhariam de volta a bandeira da libertação sexual, com os resultados que se abatem sobre a Modernidade, pornografia, prostituição, uma epidemia de mães adolescentes, mães chefes de família, homens que não assumem as responsabilidades financeiras com os filhos. A revolução que libertaria as mulheres dos homens e as crianças da opressão de suas famílias as transformou em vítimas. A paixão sexual se move como um vampiro, registra Michael Jones em Libido Dominandi, há a exaustão da morte num ciclo vicioso, compulsivo e viciante, “o desejo, a fome por aquilo que falta ao vampiro, que é temporariamente aliviada pelo sangue fresco, uma busca sem fim de novos parceiros e vítimas, em um escape momentâneo do sentimento de isolamento e inadequação.” A sociedade moderna se confronta entre conformar os desejos às verdades da ordem moral e reformar o mundo para que se encaixe em seus desejos. Com frequência, o mundo capitula aos desejos desordenados, a licenciosidade sexual vive em confronto com o autocontrole, a sexualização da cultura desmantela a sociedade baseada na lei moral. Se a moralidade é uma forma de repressão, a razão é repressiva. Ser livre seria se deixar dominar pelos apetites, impulsos e paixões. Michael Jones conclui: “a liberdade desse tipo, como os antigos perceberam muito bem, é uma forma de escravidão”.
Geraldo Ferreira – Médico e Pres. SinmedRN
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