A morte do cantor e multi-instrumentista norte-americano Prince, ocorrida esta semana, amplia ainda mais o vácuo de heróis e heroínas da música surgidos no século XX que desaparecem sem deixar herdeiros do mesmo quilate. Prince pertence a uma estirpe nobre de músicos capazes de tudo. Compositor de mão cheia, hitmaker abundante, foi também um guitarrista original, influente e profundamente habilidoso – vale a justiça de coloca-lo entre os maiores guitarristas de todos os tempos, como uma espécie de Hendrix do pop. Não bastando tocar dezenas de instrumentos com maestria, ter se tornado produtor musical fundamental para se entender qualquer sonoridade pop desde os anos 1980, e misturar com destreza alquímica sonoridades entre o funk, o rock, o soul e o pop, ele era ainda um dançarino infalível.
O nome de sua banda nos anos 1980 não era “Revolution” por acaso: Prince mudou a face da música de sua época para sempre. E desafiou as limitações de gênero, sempre se posicionando como um libertário personagem andrógeno. Ele ainda desafiou a indústria fonográfica, questionando o funcionamento da internet em relação aos abusos sobre direitos autorais. Em 1993, por conta de uma disputa com sua gravadora, Prince mudou seu nome para um símbolo impronunciável, tornando-se então O Artista Anteriormente Conhecido como Prince. A imprensa passou a se referir a ele pela diminuição desse apelido, como O Artista – e tanto essa alcunha quanto a ideia de se tornar um símbolo, em retrospecto, fizeram sentido: poucos foram tão simbólicos, tão artísticos quanto o pequeno gênio de Minneapolis.
É claro que gestos extremos trazem consequências extremas. Ao combater as gravadoras, as grandes corporações e até a mídia, o preço que pagou foi a perda de parte de um público mais preguiçoso, que passou a considera-lo excêntrico e a perde-lo de vista. O mesmo ocorreu em sua briga contra a internet. É bastante difícil encontrar sua obra disponível online, o que o afastou um tanto das novas gerações. Prince vendeu mais de 100 milhões de discos, venceu sete Grammys e um Oscar, e sua produção foi intensa e extensa. Excêntrico, rebelde, mimado ou guerreiro, Prince se expôs em lutas caras para uma indústria tão cheia de excessos e explorações como a fonográfica.
Seu álbum mais impactante, Purple Rain (trilha sonoro do filme homônimo) rapidamente conquistou lugar cativo nas listas dos melhores discos de todos os tempos. Tendo vendido mais de 22 milhões de cópias pelo mundo, o disco é de fato um feito, capitaneado pelos três clássicos que traz em seu repertório: When Doves Cry, Let’s Go Crazy e Purple Rain. As duas primeiras canções alcançaram o topo das paradas americanas, e a que batiza o disco chegou ao segundo lugar. O disco como um todo atravessou 24 semanas em primeiro lugar na Billboard, se tornando uma das trilhas sonoras mais vendidas da história.
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