Ásperos tempos, vivemos, ameaçam a família.
Entretanto, a família é chão onde as virtudes florescem. A família é a unidade social mais autêntica e antiga, mais natural e mais legítima. Não é apenas o grupo de pessoas procedentes do mesmo sangue, com ascendência, linhagem, com estirpe. É, sobretudo, uma unidade espiritual que busca viver e sobreviver com apoio na consanguinidade.
A família é o lugar de sossego, paz, respeito e proteção. É a base de toda a comunidade humana. Não há equilíbrio de um país sem a necessária estabilidade da família. O Papa João Paulo II chegou a afirmar que a família é a rota da igreja, a única da qual o ser humano não pode desviar-se. Os valores cultuados em seu seio variam nas civilizações, mas há elementos permanentes que são como elos.
Há um tratamento especial entre parentes. Poder-se-ia até reclamar que todos merecem o mesmo tratamento, sejam ou não parentes. A preocupação com o bem-estar dever-se-ia ter com a humanidade e não apenas com o grupo familiar.
Na família, a lealdade erige em virtude e compromisso, há disposição para a prática do bem, disposição forte e constante. Tolstoi, o Escritor, já havia notado que “Todas as famílias felizes se assemelham”.
São virtudes de famílias felizes: a honra e a solidariedade, a integridade, a nobreza de agir, a coragem, o bom humor. Essas virtudes fluem e se comunicam entre os membros por laços comuns, atos e comportamentos.
Os cristãos antigos praticavam o ágape, refeição tomada em comum com base no amor fraterno. Na refeição, os laços de solidariedade e de amizade se acrescentam.
Hábitos saudáveis, como a oração familiar, principalmente agradecendo a Deus pela refeição, a bênção pedida e dada pelos maiores, parentes mais velhos, a colaboração nas tarefas do lar que fortalecem e fazem acrescer a importância familiar.
É certo que há lideranças naturais familiares, que se impõem ou são aceitas, essas lideranças tendem a conduzir a todos para um porto seguro.
Dou exemplos domésticos: João da Cunha Lima transmitiu aos filhos que ensinassem aos netos a lição recebida de seus ascendentes: trabalho e honra, em suma, integridade. Seriam atributos da família. Virou dogma.
Na Paraíba, um adversário político da minha família me disse, pedindo reserva da fonte: “Inútil lutar contra eles, a Ronaldo o povo admira porque quer bem, a Cássio quer bem porque admira”.
É certo que há uma moral doméstica que prescreve, de forma não escrita, direitos e deveres dos participantes. O dono da casa, entre gregos e romanos, tinha o dever sagrado de manter o fogo aceso dia e noite. Toda casa tinha um altar e as brasas, as chamas, simbolizam a vida da família. Estar de fogo morto seria estar a família extinta.
A família unida aquece como fogo.
Não tem futuro quem não cuida do seu passado. A família vive também de lembranças, recordações, fatos comuns vivenciados, atos rememoráveis de caridade e justiça. Também não haverá futuro se não houver memória do que se passou.
A família vencerá o desafio destes tempos ásperos.
Diógenes da Cunha Lima – Advogado, Professor, Poeta, Escritor, Presidente da Academia Norte-riograndense de Letras diogenes@dcl.adv.br Autor de “Natal – Uma Nova Biografia”.
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,3730 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5580 EURO: R$ 6,259 LIBRA: R$ 7,1290 PESO…
A Netflix anunciou na manhã desta sexta-feira (5) acordo de compra dos estúdios de TV e cinema…
A Polícia Civil prendeu nessa quarta-feira (3), em Natal, um dos suspeitos de partipação na morte da…
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (5) marcar para os…
A Polícia Federal prendeu um investigado por contrabando de cigarros em flagrante após localizar material configurado…
A Justiça do Distrito Federal determinou que o Airbnb pague, na íntegra, os custos de uma…
This website uses cookies.