Está aberta na Pinacoteca do Rio Grande do Norte, em Natal, a exposição Reinos do Imaginário, novo projeto do artista potiguar Azol. A produção nasce após três anos de trabalho, com forte inspiração vinda de uma viagem por mais de 3.500 km percorridos pelo interior do Nordeste em busca de paisagens, memórias populares, símbolos de fé e referências arquitetônicas que compõem o imaginário sertanejo. O acesso é gratuito para o público.
O percurso incluiu cidades historicamente marcadas por narrativas de resistência e religiosidade, como Canudos (BA), São José do Belmonte (PE) – onde está localizada a Pedra do Reino, que inspirou Ariano Suassuna; além da região do Cariri do Ceará, berço de manifestações tradicionais, como o movimento religioso Penitentes do Crato.
A cada parada, o artista reuniu depoimentos, fotografias, objetos e observações que passaram a integrar a estética e a identidade das obras. “Essa viagem foi decisiva para consolidar o conceito da exposição. Cada cidade trouxe símbolos e histórias que ampliaram minha visão sobre um sertão que não é apenas geográfico, mas místico e emocional”, conta Azol.
A ideia foi criar um sertão idealizado através de uma fábula autoral sobre um artista que segue pela região em busca de “descobrir os cantos encantados” desse espaço.
“Queremos fazer esse resgate e convocar o público a embarcar nessa jornada poética de olhar com outros olhos, explorar uma outra realidade possível”, explica.
Organizada em quatro módulos, a exposição articula pintura, escultura, objetos e instalação, criando atmosferas sensoriais definidas por cores, aromas e trilhas sonoras específicas. São eles o Reino da Cruz Errante, Reino do Chão das Promessas, Reino do Encoberto e Reino do Silêncio Ardente.
O artista apresenta um sertão reinterpretado com inspiração medieval, a partir de elementos arquitetônicos que lembram coroas e deram origem às figuras de reis e rainhas com traços indígenas e afrodescendentes.
“Essas figuras reforçam uma identidade plural, conectada à força simbólica da região”, comenta.
Entre as obras apresentadas está uma instalação em madeira que remete a um castelo, onde nichos abrigam cabeças de reis. Tronos, totens, ex-votos e um gazebo também integram o conjunto.
Uma das peças de maior impacto visual é inspirada nas cúpulas do Castelo de Zé dos Montes, ícone arquitetônico de Sítio Novo (RN).
Responsável pela curadoria da mostra, Manoel Onofre destaca que “em cada obra, reverbera o eco de um tempo que não passa, mas pulsa — onde o invisível é matéria, o sagrado é gesto e a memória, território vivo”.
“Reinos do Imaginário se firma, assim, como um convite à travessia interior: um percurso simbólico por entre ruínas de fé, fragmentos de mitos e promessas de futuro, onde a arte se torna ferramenta de encantamento, reconexão e permanência”, avalia.
A exposição Reinos do Imaginário conta com patrocínio da Fecomércio e Sesc RN e do apoio institucional do Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação José Augusto (FJA), que administram o Palácio Potengi, onde está instalada a Pinacoteca do Estado.
Fonte: G1RN
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