UNIVERSOS AUDITÁVEIS – José Carlos Gentili

UNIVERSOS AUDITÁVEIS –

Quem audita quem e o quê em nosso universo galáctico de entidades supremas, siderais, espiraladas, rumo aos buracos-negros, que engolem votos, verdades e inverdades, fraudes, auditorias, relatórios, urnas e seus fantásticos algoritmos, à mercê da inteligência artificial, desenvolvida, paralela e criminosamente, por hackers de plantão no orbe, a desejar a ruptura dos meandros secretos, guardados por um grupo de defensores, ditos incorruptíveis, secretos e intransponíveis, inalcançáveis em suas verdades e responsabilidades cívico-funcionais, como fossem duendes imortais, acima do Bem e do Mal?

Quem é esta falsa elite de trêfegos, que trafega aparentemente incólume, a impingir suas veleidades, apontadas por Orígenes de Alexandria, in Contra Celso, como fossem exegetas únicos do universo da escrita e do pensamento universal?

As alegorias de Orígenes, historicamente, registram: “Ouro para um rei; incenso para Deus; e mirra para um mortal.” (Katá Celsou-1.60).

Vê-se que esta plêiade de anômalos mequetrefes imaginam-se incensados como deuses no Olimpo da Criação!

Quem afere o incognoscível? Quem mensura o incomensurável? Como se chama esse Deus Onipotente, que não transparece em seus erros e acertos, a feitio de um avatar funcional, insubmisso à verdade?

Um dia qualquer da eternidade um buraconegro, – criação de um astrônomo racista de plantão, – engolirá a estrela da Inverdade, que se situa na Constelação de Apus (ave-do-paraíso), do hemisfério sul, engolfando os bunkers aparentemente indevassáveis dos recantos oficiais.

As bolhas mentais são formadas por nossos pensamentos! São nossas ilusões!

Todavia, as ilusões são os últimos alentos espirituais a deixarem os corpos putrefatos, abandonados pela memória da insanidade, a reger os ciclos vivenciais.

As mortes são inexoráveis e as vidas meros relâmpagos nos céus da existência humana. O hoje, o ontem e o amanhã são ritos de passagem telúrica, que se esvaem pelos meandros das calendas romanas.

O caos apocalíptico e seus cavaleiros, sem data prevista, conforme antevisão profética, bíblica, inserta no Livro da Revelação, enunciado pelo Apóstolo João, vêm a cavalo, céleres, vestindo a roupagem da peste, da guerra, da fome e da morte, que se avizinham num tropel irreversível e ruidoso, implacável.

São verdadeiros auditores independentes, seres externos, angélicos, profissionais, que realizam auditorias cíclicas, mundiais, civilizatórias, extirpando do planeta aqueles que se acreditam inalcançáveis a subjugar os povos com seus falsos poderes, a vestirem as roupas negras e esvoaçantes da morte e da ignomínia.

O supremo é uma fantasia do caos!

 

 

 

 

 

 

José Carlos Gentilli – Escritor, membro da Academia de Ciências de Lisboa e Presidente Perpétuo da Academia de Letras de Brasília

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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