UMA SIMPLES SAUDADE –
Uma simples saudade que brota de um sorriso por entre lábios cerrados, dos raios de sol que invadem meu quarto, em desatino, tocando-me o corpo, aquecendo as lembranças das primaveras em que as madrugadas eram o palco dos sonhos. Uma simples saudade de quando nos cuidávamos, olhávamo-nos e acreditávamos que ali morava o amor.
Ah, o amor! Quem disse que tudo aquilo vivido seria amor? Haveria razão de ser? Poderia ter sido! Tinha todos os predicados de ser. Ele nasceu, brotou, mas não vingou. Outros amores chegaram, com a força e beleza dos primeiros amores. Amores que precisavam ser guiados e reencontrados em suas plenitudes.
Como negar o poder e a verdade desse amor capaz de doar-se a tantos outros amores? O poeta já cantava que “Se esse amor/Ficar entre nós dois/Vai ser tão pobre amor/Vai se gastar”, pois o “Amor só dura em liberdade/O ciúme é só vaidade”.
Um simples desejo nasce, o desejo de eternizar os tempos vividos, dos amores sentidos e das histórias que se repetem nas alcovas do ser, traduzidos em retratos que se pintam com a aquarela daquele que oferece as mais belas cores, em poesia, dando formas aos corpos e almas de seus amores.
Um simples contemplar dos caminhos percorridos, das juras que juramos cumprir, dos anseios e buscas que nos tornavam um só ser, de quando vibrávamos de alegria quando nossos olhos se encontravam renovando cores, amores e sabores. Uníssonos, dizíamo-nos: Tu és a minha mais bela fantasia! Aflorando nossos mais íntimos instintos, pactuando segredos e sentidos.
Uma simples gratidão emerge do reconhecimento dessa alma generosa, que orvalha os jardins das mais belas espécies, cativando e cultivando todas as rosas: vermelhas, rosas, lilás, brancas, em todas as nuances do amor. Reproduzindo-as em seus sonhos e fantasias, acalentando choros e as acolhendo em seus braços, com o olhar de desejo e cuidado que, só quem traz em si a mais pura essência do amor, é capaz de se dar/doar tantas vez.
Uma simples memória indelével da minha saudade traz os momentos que passamos juntos, o gosto do beijo, o encanto do teu sorriso, quando nos amávamos no calor do teu abraço, traduzindo-me numa simples certeza do desejo maduro de tê-lo exatamente como tu és, mais uma vez.
“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.” Friedrich Nietzsche.
Flávia Arruda – Pedagoga e escritora, autora do livro As esquinas da minha existência, flaviarruda71@gmail.com
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