TEMPOS SOMBRIOS –
Pois bem, cá estou eu novamente a frente do computador registrando o que vejo.
Gostaria de estar escrevendo algo alegre, alguma coisa para se comemorar, porém os acontecimentos recentes neste país se mostraram além da imaginação.
Em meio a uma crise sanitária de proporções nunca vista, um cenário econômico desanimador, assistimos à apresentação de um filme que a própria crítica não conseguiria sintetizar: suspense, thriller, terror ou comédia?
O planalto nos consegue surpreender em curtíssimo espaço de tempo.
A demissão do Ministro da Saúde foi no mínimo inoportuna, ainda que tenha sido substituído por outro médico, ligado à pesquisa, mas que já entrou sabendo que teria ingerência da presidência em sua administração e esta foi exercida, quase que de imediato, com a indicação do número dois do ministério.
Um ministro mais moderado e mais alinhado com as ¨vontades¨ da presidência.
Um ministro menos popular, que não se sobressaia ao mandatário maior, afinal isso é uma afronta!
Como numa sequência, demite o diretor geral da PF e acaba por forçar a saída de seu ministro da justiça.
E com mais esse conflito criado perde-se um dos pilares do governo. Moro entrega seu cargo.
Está certo, ninguém é insubstituível isso é um fato, muito embora o contexto em que as coisas acontecem nesse governo é inusitado. Conflitos são criados incessantemente, inimigos são buscados e, se não encontrados, criam-se.
E as coisas não param por aí. O fato de o novo diretor geral da PF ser ligado à família e, com as recentes investigações em curso envolvendo familiares, aliados e pessoas ligadas ao clã Bolsonaro colocam em xeque as verdadeiras intenções do planalto.
E o mais estarrecedor são as recentes notícias de aproximação com o congresso com nada mais nada menos que o centrão.
Reuniões com Roberto Jeferson, Waldemar Costa Neto e Arthur Lira, líder do centrão, revelam quem sabe, a verdadeira face do presidente eleito. Retomamos a velha política?
Já não sei se toda a retorica da campanha foi mesmo verdadeira.
E ainda o plano de investimentos, um novo PAC? Elaborado sem consulta ao ministério da economia e com uma pergunta simples, com que dinheiro?
Todos esses, fatos de conhecimento público, criam instabilidade e insegurança política que afetarão este país severamente.
Já estamos sentindo as críticas vindas de outros cantos do mundo, países potenciais investidores em qualquer plano bem elaborado de recuperação, que se retraem aguardando um mínimo de estabilidade.
É desalentador!
Não podemos viver numa administração que gere tanta insegurança.
O que me parece hoje nessa sequência que assistimos é que tempos sombrios se aproximam com graves consequências para o país.
Não gostaria de estar sendo um crítico, até certo ponto feroz, do maior mandatário do país, mas não é possível mais admitir tanta displicência que beira a irresponsabilidade, não é possível calar e achar que tudo está perfeito.
Não é possível simplesmente observar.
Roberto Goyano – Engenheiro
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,1130 DÓLAR TURISMO: R$ 5,2810 EURO: R$ 5,5570 LIBRA: R$ 6,4920 PESO…
As inundações que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas três semanas tiraram, temporariamente, o…
A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de maio do novo Bolsa Família.…
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil comemorou, em nota publicada nessa quinta-feira (16),…
No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos,…
Duas pessoas foram flagradas fazendo manobras arriscadas com um quadriciclo na BR-101, na altura de…
This website uses cookies.