TEMPOS MODERNOS – 

Tudo começou no século XIX. E por todo século XX o avanço da tecnologia se deu de forma meteórica, com força, como nunca o planeta tinha visto. Gerou inclusive um filme de Chaplin, onde ele trata com genialidade os reflexos desses tempos modernos, na sua época, que afetou os próprios trabalhadores.

No atual século, que está apenas começando, já vivemos uma situação em que diariamente nos deparamos com essa realidade nas nossas vidas.Em várias situações e de formas diversas. Uma profusão de novidades que causa em muitos um verdadeiro espanto.

Professores não humanos, com a chamada inteligência artificial, já estão proferindo aulas em grandes universidades, e também fazem as correções de provas. o que era inimaginável anos antes. Os robôs que já conseguem enviar mensagens nas modernas mídias sociais, a uma grande distância, via computadores, algumas vezes sem serem identificados os locais onde eles operam. E com isso acontece o risco do aumento das chamadas fake news, geradoras de conflitos e dúvidas.

As próprias mídias sociais se multiplicaram e ultrapassaram a compreensão do cidadão comum, que contudo se utiliza dela para se comunicar com outros. Emitindo opiniões sobre diversos assuntos, nem sempre tão abalizadas assim. Pois cada um se julga dono da verdade absoluta. E espalha sua opinião e versão dos fatos sem nenhum freio e as vezes sem nenhuma lógica.

Enquanto isso, em plena pandemia do coronavírus, percebemos que nosso país precisa investir na fabricação de equipamentos na área médica, ao invés de apenas importa-los. Precisa desenvolver com urgência a área de ciência e tecnologia com esse objetivo. É outro assunto que merece nossa atenção.

Cá pra nós, eu já sinto saudade de ler e ouvir as velhas notícias de antigamente. Pois o nervosismo com o que está acontecendo está pegando todo mundo de supetão e as pessoas estão vivendo já uma pandemia quase de insanidade mental. Uma lástima de fato, que terá repercussões quando tudo isso terminar. E sem duvida encherão os consultórios dos psiquiatras em todo país.

Lives a vontade de sertanejos e pagodeiros, quase todas as noites. Também uma marca dos tempos modernos. Mas sinto pessoalmente a falta das lives de artistas e cantores dos demais ritmos brasileiros, como a MPB, a Bossa Nova, o Frevo, entre outras.

Outra marca dos tempos modernos que vivemos no Brasil, e que já falei em artigos anteriores, é a manutenção de disputas políticas no meio dessa séria crise de saúde pública. As pessoas estão insensíveis e cometem vários tipos de exageros, inclusive aglomerações e passeatas políticas no meio da pandemia. E se nota uma elevada busca do judiciário para sanar algumas pendengas. Criando uma judiciarização excessiva, num momento mais que inadequado.

Vivemos assim duas guerras numa só. A política de um lado e a contra o coronavírus do outro. Fora o medo dos reflexos que sentiremos na economia. Uma coisa porém faço questão de expor com satisfação. O aumento do sentimento de compaixão da maioria das pessoas pelos mais atingidos na atual crise de saúde. O coronavírus fez muita gente se sensibilizar com o sofrimento de terceiros, o que da mais valor para os gestos.

Como resultado, muitas doações estão sendo feitas para os mais necessitados, numa atitude cristã elogiável e de grande alcance. O que é realmente digno de registro e de aplauso. Talvez a coisa mais nobre que está acontecendo nesses dias atuais. De medo, de insatisfações e de dúvidas.

 

Nelson Freire – Jornalista, editor do Blog Ponto de Vista, Economista e Bacharel em Direito

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