Flávio Rezende
Passando pela Avenida Paulista vi o que pensei ser uma manifestação política. Curioso deixei meu corpo aproximar. Não consegui perceber claramente se era contra ou a favor do governo. Alguns falaram mal da Globo. Outro do Levy. Outros que estão tentando vender a Petrobras. Fiquei confuso.
Procurei petistas. Nada. Os abadás da CUT vestiam corpos mas o clima não era de festa. Todos sérios, sisudos. Jornais alternativos com manchetes igualmente confusas. Fica Dilma e CRÍTICAS PESADAS ao governo. Masoquismo? No trio elétrico nenhuma autoridade anunciada, ninguém do PT, pelo menos até a hora que fiquei, 16h15.
Pouca gente para uma cidade como São Paulo. Em menos de dois minutos fui de uma ponta a outra. A grande maioria claramente porta bandeiras na Avenida Paulista. Ninguém passando dava a mínima. Um evento radicalmente ignorado.
Parei discretamente para ouvir um estudante entregando jornais e falando para um senhor ter cuidado com a mídia. Aquela que ele representava era a que tinha razão. Preferi seguir minha caminhada em busca de ver coisas mais interessantes na Paulista.
O babado ali parecia papo de cemitério. Os coveiros de abadá não sabiam se enterraram ou se ressuscitavam o governo zumbi do PMDB, perdão, do PT. Enquanto eles decidem se jogam a última pá de cal ou se saqueiam o defunto, eu decidi que tenho mais o que fazer. Que situação…
Flávio Rezende – Jornalista e ativista social
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