SÍNDROME DE POLE POSITION –
Impressionado com os papos da mulherada mais madura, resolvi revisitar um velho livro que peguei na biblioteca do meu pai, vinte e tantos anos atrás: “Masculino/Feminino”, de autoria de Luis Cuschnir, psiquiatra, psicoterapeuta, especialista em psicodrama, percursor de Grupos de Gênero no Brasil, durante os anos 80 e 90.
Em resumo o autor sentencia: “Tanto a mulher quanto o homem são diferentes em sua maneira de ser, de se comportar, de se relacionar e nas perspectivas que cada um tem para si, entre si e para o mundo”. Parece-me que o conceito caducou, tanto quanto o velho e surrado livrinho.
Realmente, significativa parte das teorias que líamos, tempos atrás, sobre as diferentes naturezas de homens e mulheres, parecem ter ficado démodé nesse novo século e, sobretudo, nos últimos anos. Muita coisa bem escrita e fundamentada na psique humana, virou texto épico ou parece ficção – fico imaginando como Nelson Rodrigues criaria seus personagens nesses novos tempos.
Em suma, a histórica dicotomia entre o comportamento inato versus o comportamento aprendido, à luz da ciência, teve um vigoroso vencedor: o aprendido. As recentes mudanças culturais, sociais e tecnológicas nivelaram muito os seres humanos. Nossos instintos foram bombardeados por uma infinidade de informações veiculadas em tempo real e acessível a todos.
As redes sociais contribuíram bastante para esse nivelamento de interesses, desejos, costumes, crenças, símbolos, valores éticos e morais. Nessa mesma sequência se posicionaram os Twitter, Facebook, Instagram, FaceTime, WhatsApp, Viber, Messenger do Face, SMS e outros mais. Infinitas possibilidades surrealistas.
Homens e mulheres estão cada vez mais parecidos. Temos acesso aos mesmos conteúdos e, em consequência disso, a desejos comuns. Como efeito desse rolo compressor, na área da sexualidade, também já não há diferenças significativas.
As mulheres se sentem livres, assim como nós homens. Elas falam abertamente com as amigas, como nós falamos com os amigos. Por vezes elas querem apenas uma noite quente e calorosa, da mesma forma que nós queremos. Elas traem sem constrangimento, como nós traímos. Provavelmente, o que ainda difira um pouco em nossos comportamentos sejam as estratégias de abordagem.
“Os homens dizem diretamente o que querem e o que pensam, sem rodeios ou firulas. As mulheres ainda costumam usar jogos psicológicos para conseguir o que pretendem”, sentenciou a jornalista Miss Lu Lu. A despeito do universo masculino em temática similar, já tive a oportunidade de escrever duas crônicas: “O silêncio de Deus no naufrágio do tesão” e “Viva os sublimadores”.
Agora estou me atrevendo a penetrar no universo feminino, porque a percepção de uma postura comum e intrigante me chamou a atenção. Elas são, sem sombra de dúvidas, a melhor criação do Divino, porém, nem por isso deixam de ser cavilosas e dissimuladas.
É fato que as mulheres ludibriam com frequência. As mentirinhas mais comuns e ingênuas são: “Dinheiro não é importante”; Apaixonei-me única e exclusivamente por sua alegria, inteligência e caráter”; “Meu bem, tamanho não é documento! Passou ‘disto’ me machuca”.
Embora eu esteja convicto que somos, prioritariamente, produto do meio – comportamento aprendido – acredito haver descoberto nas minhas pesquisas de campo, um deslize que só é comum ao caráter das mulheres. Trata-se de um gene hiper-resistente. É uma espécie de malformação congênita generalizada, que as acompanha desde o zigoto, mas que se aprofunda com a idade cronológica. Batizei-a de “Síndrome da Pole Position”.
Não é incomum observar as balzaquianas lindas, inteligentes e cultas, recebendo migalhas como náufragas que se agarram ao primeiro homem que aparece, contrariando toda uma lógica, á medida que envelhecem e adquirem os anticorpos de maturidade emocional.
São surpreendentemente mais susceptíveis ao afloramento dessa síndrome. Na hora do aprouch, o discurso padrão característico que a revela é: “Você foi, disparado, o melhor de todos”; “Meu ‘ex’ era opressor, travado e limitado. Você me fez sentir mulher de verdade!”
Elas trapaceiam descaradamente e, muito, em relação a qualidade e quantidade de parceiros sexuais. Se “sentirem eco” nessa abordagem inicial, “esticam a baladeira” e sofisticam o discurso: “Preciso confessar: na verdade você foi o segundo homem da minha vida e, o primeiro a me cobrir por trás”; “Com você gozei na plenitude! Sinto uma intensidade e uma completude que nunca havia experimentado!”.
Ah, as mulheres… Deliciosamente safadas, nos oferecem esse engodo para dar-nos o título enganoso de Don Juans e garanhões libertadores!
Fabiano Pereira – Arquiteto e Urbanista
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