Depois da foto da criança síria encontrada em uma praia da Turquia (e das ilustrações que correram o mundo), o tema dos refugiados voltou a ter o destaque que merece – por isso, mostramos iniciativas tão incríveis como essa e essa. Hoje a história é contada através de imagens.
Sabe aquela brincadeira sobre o que você levaria consigo para uma nave espacial se precisasse deixar o planeta Terra? Mais de 100 mil refugiados de países do Oriente Médio, do norte da África e do sul da Ásia precisaram levar a sério esse passatempo infantil. Esses homens, mulheres e crianças fogem da guerra, da fome e da opressão, buscando na Europa um pouco de paz e a chance de recomeçar. Mas, para isso, eles precisam viajar com pouco.
Nas embarcações clandestinas não há lugar para muitas bagagens, por isso, refugiados carregam consigo apenas o essencial. Esse desapego trágico a que são forçados em busca de paz e dignidade foi documentado em uma emocionante série de fotos da International Rescue Committee, que acompanhou alguns refugiados e os convidou a compartilhar suas mochilas e suas (tristes) histórias.
Aboessa, 20 (Síria)
Aboessa, seu marido e sua filha de 10 meses fugiram de um campo de refugiados em Damasco, capital da Síria. Ao cruzarem a fronteira da Turquia, tomaram uma embarcação clandestina para a Europa. A polícia turca chegou a confiscar o motor da embarcação, na tentativa de que os refugiados desistissem da travessia, mas usando remos improvisados, eles conseguiram chegar em solo europeu.
“Tudo é para proteger minha filha de doenças. Quando nós chegamos à Grécia, um homem bondoso nos deu duas jarras de comida. Outro homem nos deu biscoitos e água quando ele viu meu bebê”
Itens:
Omran, 6 (Síria)
Omran foge da guerra na Síria para viver com alguns parentes na Alemanha. Ele e sua família pretendiam viajar por florestas para não serem interceptados – por isso, a grande quantidade de curativos que o garoto carrega consigo.
Itens:
Iqbal, 17 (Afeganistão)
Iqbal tem um irmão que estuda na Flórida e um amigo que está na Alemanha, mas ainda não sabe para onde vai, agora que conseguiu chegar à Ilha de Lesbos, na Grécia. Após sair da província de Kunduz, no norte do Afeganistão, onde fugiu de tiroteios e caminhou por quilômetros, ele busca um lugar para recomeçar.
“Eu quero que minha pele seja branca e que meu cabelo fique arrepiado – eu não quero que saibam que eu sou um refugiado. Eu acho que alguém pode me descobrir e ligar para a polícia por seu ser ilegal.”
Itens:
Anônimo, 34 (Síria)
Ele se aventurou em uma superlotada e clandestina embarcação para ir da Turquia à Alemanha. Levando consigo poucos itens e a esperança de uma vida melhor, ele partiu com sua família. A polícia interceptou o barco e o afundou, deixando todos na água. Foram mais de 45 minutos à deriva até serem resgatados e e conseguirem chegar à terra firme. “Eu tive que deixar meus pais e minha irmã na Turquia. Eu pensei: se eu morrer nesse barco, pelo menos vou morrer com as fotos da minha família perto de mim.”
Itens:
Nour, 20 (Síria)
Apaixonado por música e arte, Nour deixou a Síria assim que as bombas começaram a explodir, levando consigo alguns itens que evocam memórias. “Eu saí da Síria com duas malas, mas me disseram que eu só poderia ficar com uma. A outra mala tinha todas as minhas roupas. Isso é tudo o que sobrou.”
Itens:
Família (Síria)
Esta família síria perdeu quase tudo o que carregava consigo durante a travessia até a Grécia. A embarcação em que estavam começou a afundar e isso foi o que conseguiram salvar de seus pertences. “Eu espero que morramos. Essa vida não vale mais a pena. Todos fecharam as portas na nossa cara, não há futuro.“
Hassan, 25 (Síria)
“Isso é tudo o que eu tenho. Eles disseram que poderíamos trazer dois itens, uma camisa e uma calça extra.”
Todas as fotos © Tyler Jump
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