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Rio 2016: As Olimpíadas Inesquecíveis

Apesar de já saber que o Brasil iria sediar as próximas edições das Olimpíadas, até o início do primeiro lote de ingressos, disponibilizados em 2015, eu ainda não tinha despertado o interesse em ir ao Rio de Janeiro. No entato, como num estalo, me dei conta da incrível oportunidade de ver os meus ídolos de pertinho e comprei os ingressos, era maio do ano passado. Num disputado sorteio do primeiro lote, consegui os ingressos para a final do Basquete Feminino, Semifinal do Futebol Feminino e Semifinais dos 200m do Atletismo.

Dia 10 de agosto cheguei a Cidade Maravilhosa e pude sentir todo o clima cosmopolita e cheio de energia que pairava. Todos os passeios turísticos que por ventura eu pensara em fazer, melhor esquecer, a cidade estava lotadíssima. No entanto, o transporte público funcionava a toque de caixa e os diversos voluntários das Olimpíadas estavam dispostos a lhe ajudar e sanar todas as suas dúvidas.

No dia seguinte a minha chegada fui ao Complexo Esportivo de Deodoro, local que abrigava cinco instalações esportivas diferentes. São elas: o Centro Olímpico de BMX, o Centro Olímpico de Hóquei, o Estádio de Canoagem Slalom, a Pista de Mountain Bike e a Arena da Juventude. Nesta arena vi o jogo de basquete feminino entre Brasil x França e Austrália x Japão, o resultado? Bem, acho que isso era o de menos, eu estava contente demais para reparar na má postura e preparação da seleção em quadra. Na saída  do jogo me deparei com efusivos torcedores comemorando a vitória de Fiji, campeã olímpica de rugby de 5, que acabara de conquistar sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas.

O Rio vivia uma indefinição climática, eram os resquísios do inverno na cidade. Chovia, ventava muito e sem aviso prévio um sol potente surgia no céu. Algumas partidas e eventos tiveram de mudar de data devido ao clima, mas nada que atrapalhasse o calendário olímpico.

Dia 16 de agosto lá estava eu no Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, para assistir a semifinal de futebol femino entre Brasil x Suécia. Pois é, não foi fácil encarar aqueles pênaltis e ver as meninas perderem a vaga para final, mas aplaudimos e reconhecemos o esforço da incansável Formiga, da excepcional Marta e de todas as meninas do time.

Parecia que eu era pé frio, mas não é verdade! O fato é que não assisti mais nenhuma competição em que brasileiros disputavam medalha, mas prefiro crer que enviei boas energias. Minha terceira parada foi no Estádio Olímpico (vulgo Engenhão), que abrigava as competições de atletismo. Localizado no bairro Engenho de Dentro, na Zona Norte Carioca. Logo na minha descida do trem, me deparei com um pôr do sol em meio as fiações e linhas ferreas, era o prelúdio para uma noite de Usain Bolt!

Final do salto em distância feminino, classificatória do arremesso de dardo, finais dos 200m com barreiras feminino e semifinais dos 200m raso masculino. Foram muitas as provas, me empolguei e toci em cada uma delas e na ausência de brasileiros, adotei um atleta, porque o importante era torcer. Penúltima prova da noite, terceira bateria de semifinal masculina dos 200m, Usain Bolt na pista e todos euforicos nas arquibancadas. 11seg e 68 milésimos foi o tempo do jamaicano, suficiente para empolgar até os mais desavisados na arquibancada. Além das diversas atrações dentro do Estádio Olímpico, aproveitei para conhecer o Museu da Cidade Olímpica, que ficava ao lado das instalações. Interativo e moderno, era possível fazer um passeio de asa delta (por meio de óculos de realidade virtual) e conhecer todas as instalações dos jogos Rio 2016; conferir depoimentos de medalhistas olímpicos do Brasil e também praticar algumas modalidade Paralímpicas dentro do museu.

O que pensar de um time que não perde uma partida olímpica desde 1992? Assim é a seleção norte-ameriana de basquete feminino que veio ao Rio com suas melhores jogadoras, as etrelas da WNBA (Liga de Basquete Norte-Americana Feminina) perseguindo seu sétimo título olímpico. O meu ingreso mais valioso, final feminina de basquete aconteceu na Arena Carioca 1, no Complexo Esportivo da Barra, dia 20. Após pegar dois metrôs, um BRT e por fim chegar a entrada do Complexo Olímpico, me deparei com o principal centro esportivo da competição.

Muitos estavam euforicos e abdicaram de assistir as modalides que tinha comprado os ingressos para ver a final do futebol masculino no telão. Bem, eu não. Entrei na Arena Carioca 1 e vi a supremacia norte-americana em quadra fazendo história e conquistando seu sétimo título em jogos olímpicos. A Espanha bem que tentou nos primeiros dois quartos fazer alguma coisa, mas foi vencida por 101 a 72. E ali eu também encerrava minha tour pelos complexos olímpicos e modalides. Certamente as Paralimpíadas terão a mesma graça e emoção, mas infelizmente não poderei comparecer, mas ficarei na torcida a distância.

Feliz, realizei o sonho de ver uma olimpíada de pertinho e agora estou me planejando pra assisitir a próxima, quem sabe não estou em Tóquio em 2020!

Leila de MeloJornalista e especialista em cinema pela UFRN

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