O prédio que, no início dos anos 2000, ficou conhecido por abrigar concorridas festas temáticas da noite paulistana é o mesmo que agora preserva, em sua versão residencial, aspectos originais da histórica construção de 17 andares, dois elevadores e área de lazer.
Veja, abaixo, um breve histórico do prédio do Hotel Cambridge:
O Residencial Cambridge, após a reforma, tem:
O g1 esteve no local e conversou com alguns dos novos moradores, como a agente socioeducativa Vanessa Serra, de 27 anos. Primeira da família a ter uma casa própria, ela conta que parentes viam a ocupação como coisa de “vândalos” e “vagabundos”.
“Somos trabalhadores, somos lutadores. E está aqui a prova de que a gente luta para ter o que é nosso, não para tirar de ninguém”, diz Vanessa.
O Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), que coordenava a ocupação, sob a liderança de Carmen da Silva Ferreira, ficou responsável por contratar a construtora, acompanhar as obras e fazer o trabalho técnico-social com as famílias.
As obras tiveram início em 2018, quando as cerca de 120 famílias que ocupavam o antigo hotel tiveram de deixá-lo e ir em busca de lugares temporários para ficar. Algumas foram viver de aluguel, outras, na casa de parentes. A grande maioria, porém, se dividiu em outras ocupações do MSTC.
Para preservar a história e as memórias do Hotel Cambridge, a reforma foi realizada com a técnica retrofit, utilizada na restauração de prédios antigos, que mantém a arquitetura original do local, ao mesmo tempo em que promove adequações à legislação vigente.
Um exemplo disso são as escadas de mármore. Embora elas tenham sido mantidas, itens como corrimãos, iluminação e sinalização de emergência foram adicionados. Veja, abaixo, a comparação entre duas imagens: uma registrada pelo g1em 2012, após a ocupação, e outra em 2023, depois da entrega dos apartamentos.
De acordo com a Caixa, o valor investido pela União na construção foi de R$ 14,1 milhões. Carmen da Silva Ferreira afirma que a quantia não acompanhou a inflação registrada ao longo do período de reforma e que a alta no preço dos materiais de construção teve de ser bancada pelos próprios moradores.
Os novos proprietários viviam em ocupações do MSTC – muitos na do Cambridge – e estavam inscritos em programas habitacionais do município de São Paulo.
Segundo a coordenadora do movimento, a seleção das famílias que seriam beneficiadas com as unidades habitacionais foi feita com base em critérios do próprio MSTC (como envolvimento na luta por moradia) e da Caixa (como faixa de renda, documentação em dia e ausência de dívidas com bancos públicos).
A síndica do condomínio, Romenia Malaquias de Freitas, diz que os moradores tiveram participação ativa no processo. Para a escolha de materiais, por exemplo, três opções eram levadas em assembleia, e prevalecia a vontade da maioria.
Logo na entrada, no saguão onde ficava o bar do Cambridge, uma parede de pedras contrasta com a simplicidade do branco uniforme que cobre as demais. Ali, há dois vasos de plantas, além de um sofá e de uma mesinha marrons.
No térreo, há uma sala para a síndica, enfermaria, bicicletário e refeitório para os funcionários do condomínio. Também há contêineres para coleta seletiva – algo que tem sido trabalhado com os moradores – e espaço para a plantação de uma horta, o que Carmen, líder do MSTC, pretende fazer em breve.
Fonte: G1
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