Quatro batalhões da Polícia Militar em Fortaleza e em Caucaia, na Região Metropolitana, estão fechados nesta quinta-feira (20), segundo dia seguido de paralisação de parte dos policiais militares no Ceará. Na quarta-feira (19), unidades foram atacadas por grupos de pessoas encapuzadas e mascaradas que levaram carros da polícia e furaram, rasgaram e esvaziaram pneus de veículos oficiais e particulares.
Até as 10h24 desta quinta-feira, estavam fechados os seguintes batalhões da PM em Fortaleza: 18º BPM, no Bairro Antônio Bezerra; 22º BPM, no Bairro Papicu; 16º BPM no Bairro Messejana. Em Caucaia, o 12º batalhão também continua fechado.
Por causa da paralisação, equipes da Guarda Municipal e da Polícia Civil reforçam a segurança nas ruas de Fortaleza e de Juazeiro do Norte. Um policial militar foi preso nesta quinta-feira (20) após incendiar um veículo particular na cidade de Crato.
Além disso, tropas da Força Nacional embarcaram nesta quinta-feira (20), no hangar da Polícia Federal em Brasília, em direção ao Ceará. Parte dos agentes viajam em um avião que decolou por volta das 8h. A chegada está prevista para 10h45. A outra parte tem embarque marcado para as 15h.
Na segunda-feira (17), o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) determinou a ilegalidade de atos grevistas da categoria. Em 2017, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que é inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e proibiu qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais.
Nesta quinta-feira (20), o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração, em Sobral. Ele teve alta para a enfermaria, onde permanecerá internado após ter sido baleado, nesta quarta-feira (19), em um motim de policiais. Quando foi atingido, Cid tentava furar um bloqueio feito no 3º Batalhão da Polícia Militar do município com uma retroescavadeira.
De acordo com o boletim divulgado pela instituição na manhã desta quinta-feira (20), o quadro de saúde de Cid “evoluiu sem intercorrência nas últimas horas, mantendo-se hemodinamicamente estável e com padrão respiratório normal”.
Após o ocorrido com Cid na tarde de quarta-feira (19), a Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que equipes do Comando de Polícia de Choque (CPChoque) foram direcionadas ao 3º batalhão e que os agentes que estavam no local fugiram.
Nesta quinta-feira (20), o batalhão de Sobral funciona de forma parcial. A retroescavadeira usada por Cid permanece na frente do local e parte da equipe de policiais está nas ruas.
Ainda de acordo com Costa, os participantes dos atos “vão responder por motins, por revolta, insubordinação”. “Tudo isso vai ser apurado em inquéritos militares, para depois responder na Justiça Militar e na CGD. Todos eles são passíveis de demissão, todos eles. E a lei vai ser aplicada em seu total rigor. Não deixaremos de aplicar tudo o que a lei prevê.”
André Costa afirmou que 261 PMs estão respondendo a inquéritos militares e procedimentos administrativos na Controladoria de Disciplina por envolvimento nos atos. Os agentes serão retirados da folha de pagamento e não vão receber salário, segundo o secretário.
Na tarde de terça-feira (18), três policiais foram presos em Fortaleza por contrariar a decisão da Justiça que determina a proibição de movimentos e protestos por reivindicação salarial. Armados e usando balaclava, os agentes esvaziavam pneus de um carro da polícia no Bairro Antônio Bezerra quando foram presos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.
Os soldados, que atuam no 14º Batalhão da PM, em Maracanaú, na Grande Fortaleza, foram presos em flagrante por equipes do Comando de Polícia de Choque (CPChoque).
Ao todo, quatro batalhões foram atacados entre a tarde de terça-feira (18) e a manhã de quarta-feira (19):
As ações foram realizadas após o início da tramitação, na Assembleia Legislativa do Ceará, da proposta de reajuste salarial de policiais e bombeiros militares do estado, na terça-feira (18). O projeto tem gerado crise entre parte da categoria e o governo estadual.
De acordo com decisão da Justiça do Estado do Ceará (TJCE), agentes de segurança que promoverem manifestações e paralisações poderão ser presos.
Na Assembleia Legislativa do Ceará, tramita a proposta de reestruturação salarial de policiais e bombeiros militares. O texto estabelece o salário-base de um soldado de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil. A proposta inicial, rejeitada pelos policiais, era de aumento para R$ 4,2 mil até 2022.
O Governo do Ceará informou, na noite desta terça-feira (18), que irá instaurar inquérito policial militar, bem como processos administrativos disciplinares, contra todos os agentes de segurança que se envolverem em atos que configurem crime militar.
Ainda de acordo com o Governo, os policiais que abandonarem o serviço passarão por todas as sanções previstas em lei, além da exclusão da folha de pagamento pela Secretaria de Planejamento. “Os comandos não irão tolerar atos de indisciplina e quebra de hierarquia”, disse o Governo do Estado, por meio de nota.
Conforme a decisão da Justiça, fica determinado:
Fonte: G1
DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,3730 DÓLAR TURISMO: R$ 5,5580 EURO: R$ 6,259 LIBRA: R$ 7,1290 PESO…
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