Amaro Sales de Araújo
A Câmara dos Deputados admitiu o processo de impeachment contra a Presidente Dilma Roussef. Fato amplamente noticiado que, ainda hoje, recebe a atenção da maioria. Os desdobramentos políticos estão ocorrendo e, ao que parece, haveremos de ter um Presidente interino nos próximos meses.
Indiscutivelmente o assunto tem repercussões na vida de todos nós, sobretudo, os empreendedores que manejam diariamente com temas, dados, altos e baixos da economia. E, também parece consenso, que a crise política é uma das principais fontes do desastre econômico. O problema é que a crise política é bastante grave. Mas, com ou sem o definitivo afastamento da Presidente, o Brasil precisa continuar vivendo.
Para tanto, precisamos que as regras sejam observadas por todos para que a segurança jurídica e a vida das instituições não seja ainda mais afetada. A manifestação é legítima e o direito de expressão está assegurado, contudo, existem limites que devem ser respeitados, inclusive, com a intervenção do Poder Judiciário e o uso da força policial. O processo democrático, as normas de convivência e a regularidade das instituições são conquistas que não podemos desprezar, mesmo que não tenhamos sucesso nos resultados que nos interessam.
De todo modo, enquanto o resultado final não é apresentado, precisamos qualificar o debate. Lamentavelmente, de um lado e de outro, em alguns momentos do enfrentamento político falta conteúdo, urbanidade e, não raro, regras mínimas de educação para ouvir e falar. Ademais, o País pode aproveitar a ocasião para construir alternativas mais ousadas para a crise, o que não ocorrerá com intolerância, sem sacrifícios. Por exemplo, o drama da Previdência Social deve ser finalmente enfrentado. O total de receitas comprometido com a Previdência no Brasil é equivalente a 12% do PIB apurado em 2014. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem alertado: “O processo de envelhecimento da população brasileira tornará inviável a manutenção das regras previdenciárias atuais. Os problemas de financiamento da Previdência já estão presentes”.
Não é somente a Reforma Previdência um problema adiado. O desemprego, se não houver um freio, vai sufocar a economia. É preciso apostar em medidas que facilitem e modernizem as relações do trabalho, a exemplo do fortalecimento da negociação coletiva e da regulamentação da terceirização. Os números do desemprego, que correspondem a um exército de 10 milhões de pessoas, por si, motivam as mudanças que desejamos, não apenas para criarmos novas oportunidades, mas, sobretudo, para mantermos os postos formais ainda ocupados.
Enfim, é preciso fazer muito para lidarmos com tantos problemas adiados, o que nos impõe disciplina para elegermos prioridades e consequentes atitudes factíveis. O Brasil precisa de uma agenda clara que indique saídas para as crises que se acumulam e abatem o espírito empreendedor nacional.
Amaro Sales de Araújo – Presidente da FIERN
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