DESILUSÕES NA EQUIPE ECONÔMICA: REMISSÃO OU DEMISSÃO? –
Embora houvesse sintomas de divergência de pensamento econômico, antes mesmo do Governo iniciar, entre o Presidente e seu Ministro da Economia (intervencionista e liberal, respectivamente), uma gradativa inversão de postura tem sido fato marcante.
A princípio, foi clara a “carta branca” do Ministro. Tornaram-se comuns os arroubos tipo “Economia é com Guedes”. Ou seja, ao se tratar desse tema, pergunte-se para ele. Há sempre resposta. Como disse o Presidente: “ele é o Posto Ipiranga”.
Assim, ficou evidente que os princípios liberais de Guedes e equipe foram aceitos. De fato, embasada pelos pilares de Chicago e da Escola Austríaca, a agenda econômica fazia sentido em alguns aspectos, haja vista uma economia que carecia de crescimento sustentável, a partir da revisão do setor público, da retomada de investimentos privados e de maior competitividade.
Até antes da epidemia, na cartilha liberal, foram 14 meses de resultados que deixaram a desejar, exceto uma reforma previdenciária parcial, cujos pilares foram fincados no período do Governo Temer. Este, aliás, já tinha contribuído com parte dessa agenda, através de medidas que passaram pela revisão da legislação trabalhista e o teto de gastos no OGU.
Na ausência de um plano efetivo, o alcance da política econômica no período resultou em baixo crescimento (o pibinho), nenhum avanço noutras reformas do setor público (administrativa e tributária), inércia nas privatizações e descontrole cambial. Nsse cenário, a equipe econômica precisou assimilar uma crise sanitária sem precedentes, que impôs nova realidade. Daí se percebeu a inflexão, que pôs sob risco o “abastecimento do Posto Ipiranga”.
Essa inflexão, pelos impactos socioeconômicos, exprime o recuo no pensamento. À revelia do do déficit público, a opção keynesiana por gastar se mostrou inevitável. Ademais, um componente político de sobrevivência reforçou a tese intervencionista. Ou seja, o caos social iminente e a necessidade de superação política até 2022 forçaram a revisão da linha liberal.
O Ministro fez a leitura e aderiu à remissão. Alguns técnicos resilientes à mudança optaram por pedir demissão.
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Alfredo Bertini – Economista, professor e pesquisador. Ex-Presidente da Fundação Joaquim Nabuco
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