A POLÍTICA DE PREÇOS DE COMBUSTÍVEL –
O país não suportou mais está política exacerbada de neoliberalismo, que tudo se regula pelo mercado, e principalmente para atender interesses alienígenas, desconhecendo a nossa matriz de transporte rodoviário, ainda da década de cinquenta do século passado para atrair a indústria automobilística, que tanto ajudou o desenvolvimento do sudeste do Brasil.
Este governo Temer que tenta pagar com tanto esmero quem de fato colaborou com sua chegada ao poder político, privilegiando as distribuidoras de combustíveis, a entrega do pré sal, inclusive com a diminuição das refinarias, sendo o Rio Grande do Norte vítima desta situação com o rebaixamento da Refinaria Clara Camarão, exportando o país óleo bruto e importando derivados, satisfazendo interesses não nacionais, puxou a corda ao máximo.
A Petrobras como uma das maiores empresas do setor, no Brasil é preciso atuar como reguladora de mercado, e muitas vezes em face da matriz rodoviária nossa, até mesmo subsidiar o preço dos combustíveis, e não ficar a brisa dos preços do mercado internacional, das altas do dólar especulativo e do preço do barril controlado por interesses estranhos.
A questão não é subir ou descer centavos nos preços dos combustíveis, mas redefinir a política de preços dos combustíveis, até abrindo a discussão da pesada carga tributária, pois em última análise estamos falando na circulação interna de todo o tipo de mercadoria, da segurança alimentar e do nosso frágil transporte de massas, essencial para as atividades humanas.
Errado é este governo e a sua política entreguista, a quebra da constitucionalidade com o golpe de 2016, até Portugal que abandonou o neoliberalismo dá sinais de melhora com o governo da gerigonça uma frente de esquerda, que está levando muitos brasileiros terem a sua segunda moradia, portanto, deve-se mesmo, a população brasileira rejeitar esta política de preços de combustíveis, completamente alheia aos interesses nacionais.
O movimento dos caminhoneiros deve receber o apoio da cidadania, cabendo ser exercitado dentro da legalidade, e os donos de postos inescrupulosos, não somente multados como foi o caso em Recife, mas, indiciados como infratores contra a economia popular. Não se pode aceitar na falta de combustíveis em um momento como este, posturas leoninas e do lucro fácil de um capitalismo selvagem e sem parâmetros.
A política de preços para combustíveis do governo extremamente neoliberal, puxou a corda em demasia, levantou todos os segmentos sociais para a mobilização, se isolando cada vez mais, sem quaisquer aceitação popular e institucional. É preciso agora, capacidade para o diálogo, e propostas concretas para a mudança, pois não basta ser o maior produtor de óleo bruto da América Latina.
Evandro de Oliveira Borges – Advogado
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