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PF começa perícia nos gravadores entregues pela defesa de Joesley Batista

O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal começou a perícia nos gravadores entregues pela defesa do dono da JBS, Joesley Batista, como prova na delação premiada.

Segundo os advogados da empresa , os equipamentos entregues foram usados por Joesley para gravar o presidente Michel Temer e outros interlocutores, entre os quais o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

O primeiro gravador foi entregue à Polícia Federal na segunda-feira (22), e o segundo, na noite de terça (23).

Segundo a PF informou ao Supremo Tribunal Federal, a perícia das conversas de Joesley com o presidente deve terminar em até 30 dias. Mas, com a prioridade dada ao assunto dentro do Instituto de Criminalística, a expectativa é que o trabalho seja concluído em 15 dias. Os laudos sobre os diálogos entre Joesley e outros interlocutores devem ser concluídos em até 60 dias.

Os equipamentos serão analisados pelo Serviço Especializado em Análises Multimídia do Instituto Nacional de Criminalística. Pelo menos dois peritos já estão trabalhando nas análises , segundo fontes da investigação.

O trabalho será supervisionado pelo Serviço de Perícias em Audiovisual e Eletrônicos do instituto. Os peritos vão fazer testes para confirmar se houve ou não edição de conteúdo, como argumenta a defesa de Temer, para mudar o sentido real da conversa.

A PF não informou em qual dos dois gravadores está registrada a conversa entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer. Segundo a Procuradoria-Geral da República, no diálogo, Temer deu aval ao empresário para que comprasse o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato em Curitiba.

Com base na gravação e em informações prestadas por Joesley e o irmão Wesley Batista, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente pelos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

A defesa de Temer contesta a autenticidade da gravação e afirma que há descontinuidades e mascaramentos no áudio. A defesa do presidente contratou o perito Ricardo Molina, que afirmou que a gravação é “imprestável” como prova numa investigação e não seria aceita em uma “situação normal”.

O presidente da Associação Brasileira de Criminalística (ABC), Bruno Telles, afirmou que não é possível realizar uma perícia “confiável” e “minimamente conclusiva” em um áudio sem que o equipamento usado para gravá-lo seja analisado.

Para o presidente da ABC, que reúne peritos oficiais de todo o país, qualquer análise feita sem o gravador não pode ser levada em conta até que a Polícia Federal conclua a perícia oficial. Durante a entrevista, o presidente da associação ressaltou que nenhum perito contratado por alguém “vai elaborar uma perícia para piorar a situação de quem o contratou”.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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