Um novo tratamento contra fobia social está sendo testado há um mês por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). A terapia usa um programa de computador que mostra imagens em três dimensões que reproduzem situações sociais iguais às que causam desconforto ao paciente. A fobia social é um distúrbio que leva a pessoa a sofrer cada vez que precisa se submeter a situações de interação social ou que tenha que mostrar desempenho em alguma atividade e afeta 8% da população.
De acordo com psicóloga e pesquisadora do Hospital das Clínicas Cristiane Maluhy Gebara, responsável pelo projeto, na terapia, o paciente usa fones de ouvido e óculos especiais que o colocam “dentro” das situações exibidas como se ele realmente fizesse parte daquilo. São exibidas imagens de interação com desconhecidos, de participação em reuniões e até de situações em que é preciso falar a plateias. Com isso, é possível testar se o programa contribui para diminuir a reação de ansiedade dos que sofrem de fobia social.
Uma das técnicas de tratamento é a exposição do paciente à situação, o que pode ser feito ao vivo ou simplesmente imaginado. Com a técnica da exposição ao vivo, a melhora ocorre em 70% dos casos. “Com tal técnica, de forma gradual e repetida, colocamos a pessoa nas cenas que causam desconforto da que menos incomoda para a que mais causa incômodo”, informa a pesquisadora.
Nos testes estão previstas 12 sessões, mas o tempo de tratamento varia de um paciente para outro, podendo chegar a até seis meses. “Algumas pessoas não terão tanta dificuldade ao olhar uma cena, então podem terminar o tratamento antes”, diz Cristiane. As causas da fobia social podem ser genéticas ou adquiridas por aprendizagem ou educação. “A pessoa aprende ou copia comportamentos dos pais e aí pode desenvolver fobia social mais para a frente. O transtorno se inicia quando criança e passa para a adolescência”, completa a psicóloga.
Se não for tratada devidamente, a fobia social pode acarretar prejuízos de todos os tipos na vida do indivíduo. Segundo Cristiane, há casos de pessoas que deixam de aceitar cargos que exijam mais exposição, com muita participação em reuniões, por exemplo. Na vida pessoal, também podem ocorrer prejuízos, pois, muitas vezes, o paciente deixa de ter uma vida normal por causa da dificuldade para se relacionar e até para paquerar, afirma a pesquisadora.
O diagnóstico é feito com base na análise de alguns critérios específicos. Com o tratamento, o nível de ansiedade chega a cair muito e a pessoa passa a viver normalmente. O tratamento ainda está em fase de pesquisa e não há previsão de quando a técnica será implantada nas terapias cotidianas.
Fonte: Agência Brasil
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