Um estudo coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) revela um aumento de 53% em apenas duas semanas na proporção da população com anticorpos para o novo coronavírus no Brasil.
Para calcular esse aumento, a equipe de pesquisadores considerou as 83 cidades que registraram pelo menos 200 testes e entrevistas nas duas fases da pesquisa. A proporção da população com anticorpos pulou de 1,7% (primeira fase) para 2,6% (segunda fase). Com a margem de erro, a taxa varia de 1,5% a 1,8% na primeira fase e de 2,4% a 2,8% na segunda.
A segunda fase da Epicovid19 fez 31.165 testes e entrevistas de 4 a 7 de junho. A primeira fase foi realizada duas semanas antes, de 14 a 21 de maio, com 25.025 testes e entrevistas.
Os dados da pesquisa foram coletados em 133 municípios do Brasil. Desse total, em 120 cidades foi possível testar pelo menos 200 pessoas, todas selecionadas por sorteio. O aumento de 53% em apenas duas semanas na proporção da população com anticorpos preocupa os pesquisadores pela velocidade com que a doença continua se espalhando pelo país.
Na segunda fase, a estimativa é que haja seis vezes mais casos da Covid-19 do que o dado oficial registrado nessas cidades. Antes, na primeira fase, a Epicovid19 apontou que o Brasil tem sete vezes mais casos do novo coronavírus do que apontam as estatísticas oficiais.
A pesquisa revela ainda que 1,9 milhão de pessoas estão ou já estiveram infectadas pelo novo coronavírus nas 120 cidades onde vivem 32,7% da população do Brasil (68,6 milhões de pessoas). Com a margem de erro, o número de infectados nessas cidades fica entre 1,7 a 2,1 milhões de pessoas.
Esses dados já consideram a taxa de falsos positivos e também de falsos negativos do teste rápido.
Na véspera do início da pesquisa, em 3 de junho, essas 120 cidades somadas contabilizavam 296.305 casos confirmados. O estudo aponta, portanto, que há uma grande disparidade entre o número revelado pela pesquisa e a estatística oficial.
A pesquisa Epicovid19 alerta ainda para a prevalência de cidades das regiões Norte e Nordeste no ranking de municípios com as maiores taxas de anticorpos da Covid-19. Em Boa Vista, capital de Roraima, por exemplo, o estudo estima que uma a cada quatro pessoas estão ou já estiveram infectadas pelo novo coronavírus.
Das 20 cidades com as maiores taxas, 12 estão localizadas no Norte, sete no Nordeste e uma no Sudeste. O Rio de Janeiro é a única cidade do Sudeste a aparecer no ranking.
A segunda fase do estudo coletou dados em todas as capitas, exceto em Curitiba (PR) – que não alcançou o número de 200 testes e entrevistas. A taxa de anticorpos cresceu bastante em capitais como Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Maceió (AL) e Rio de Janeiro (RJ).
Em São Paulo (SP) e Rio Branco (AC), as taxas da segunda fase da pesquisa foram inferiores às da primeira fase. Hallal afirma, porém, que as quedas “não foram substanciais”, principalmente se considerada a margem de erro.
Segundo Hallal, isso significa que não há um “aumento descontrolado da doença” nessas cidades. Além disso, ele diz que a variação pode ser um sinal de que o isolamento social está ajudando a desacelerar o número de casos ou de que a curva de casos pode começar a cair.
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