PENSAR POSITIVO RESOLVE? – Carlos Alberto Josuá Costa

PENSAR POSITIVO RESOLVE? –

Se tomarmos como exemplos, os meninos na caverna/Tailândia e a dedicação/esforço do selecionado da Croácia/Copa do Mundo 2018, podemos com absoluta certeza afirmar que, sim.

No entanto se, sem pieguismo, olharmos para os “meninos” de Tite, onde, ao primeiro sinal de dificuldade, o ânimo desfaleceu em “berço esplêndido”, também podemos entender que, não.

O que diferenciou tais situações foi que, só pensar positivo, não demonstrou ser suficiente. Enquanto na primeira situação, se sobressai a confiança aliada com determinação que resultou em êxito, na segunda a confiança estava de mãos dadas com o “deixa comigo, isso é moleza; afinal somos os melhores”. Ou seja, não foi além do trivial, do comum, do se der certo, bem.

É notório que em nossa vida existem momentos em que nos sentimos mais confiante, merecedores das glórias e sucessos, cheios de confiança e com atenta positividade em nosso pensamento.  Também, passamos por momentos sem ânimo, em baixa estima acentuada e, com costumamos dizer, “para baixo”.

A vida vivida me credencia atestar que altos e baixos são experimentados em momentos diversos em nossa caminhada.

Certa vez, o amigo Mário Duarte da Costa disse-me: “Construa seu dia todos os dias”. Parecia-me óbvio, mas só no largar dos anos é que fui entender tamanha sutileza nesse ensinamento.

Ser positivo, em nosso pensar, pressupõe coragem, esperança, querer realizar, ser proativo. E isso, certamente, influencia em nossa saúde e, muito mais, afeta o crescimento psicológico.

Da mesma maneira, o pensamento negativo ocupa seu “espaço” quando lidamos com as questões existenciais e, em atos consequentes que “desmoronam” o nosso status quo esperado, tais como aqueles assumidos como dolorosos.

Esse duo – positivo, negativo – está à espreita. Por mais que queiramos nos manter sempre positivo, é possível perceber que o nosso sistema funcional sofre influência das partes na comunicação entre si e atuem um contra o outro.

Esse conflito refletirá diretamente no corpo ou no espírito, ou ainda, no corpo e no espírito. Isso é danoso, pois passamos a ceder nossas atitudes a “constrangimentos”, ora por pensamentos exageradamente positivos – “sou o dono do mundo” ou a demasiadamente negativos – “sou um fracassado”.

Ao chegar a um desses estágios, nosso organismo reagirá de maneira tal, que passaremos a ser questionados sobre nosso comportamento e forma de pensar, por estar repercutindo no convívio familiar e social.

Ora, se o pensamento está, digamos, fora de um padrão que lhe é peculiar, algo está sinalizando que chegou a hora de procurar ajuda. E essa ajuda está em recorrer a profissionais habilitados no trato com a saúde mental – psicólogos, psiquiatras, por exemplo, para restabelecer o caminho harmônico do equilíbrio psicológico do ser humano saudável.

O pensamento, portanto, é requintado. Cabe a cada um de nós alimentá-lo de forma saudável através da construção diária com escolhas que propicie, de forma positiva, a sua prosperidade.

O caminho venturoso está em valorizar, desde o ventre materno, os aspectos saudáveis e elevados que norteiam a vida em desenvolvimento.

É necessário estar atento para as críticas desnecessárias, internas ou impostas, para que o expressar e o vivenciar as transformações, aconteçam de forma natural.

Enfrentar as sensações e lidar com elas, de forma simples ou complexas, é um desafio, mas necessário para o melhor fortalecimento de nossas atitudes.

É, saudoso amigo, você tinha razão: é preciso construir nosso dia, todos os dias.

Pensar positivo resolve?

Agir positivamente, sim.

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Membro da Academia Macaibense de Letras (josuacosta@uol.com.br)