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Paleontólogo do RS ajuda na descoberta de dinossauro gigante com fêmur de 1,5 metro no Maranhão

Pesquisador Leonardo Kerber deita ao lado de osso encontrado no Maranhão para mostrar o tamanho: 1,5 metro — Foto: Giovani T. Viecili/Amai Fotografia

O paleontólogo Leonardo Keber, do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é um dos pesquisadores que tenta desvendar as origens de um imenso fóssil encontrado em Davinópolis, no interior do Maranhão.

O fóssil foi localizado em abril deste ano durante as escavações para uma obra na cidade, e começou a ser estudado pelo paleontólogo Elver Mayer, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Elver convidou Leonardo a participar dos estudos e das escavações do animal.

Somente um dos ossos encontrados, que seria um fêmur, tem 1,5 metro, diz o paleontólogo de Santa Maria. “Achávamos que fosse uma preguiça gigante, que são bem comuns no Brasil. Não dava pra ver bem. As vértebras estavam em um sedimento [locais resultantes da erosão de rochas]”, explica.

O pesquisador se juntou ao grupo na segunda parte das escavações, quando foi encontrado o fêmur gigante. “Uma partezinha dele estava aparecendo, a gente foi deixando por último. Para a nossa surpresa, era um osso bem grandão”, diz. Os especialistas avaliam ainda que o osso pudesse ser maior, uma vez que ele aparenta estar incompleto.

Para mostrar a escala do tamanho do osso, o próprio Leonardo tirou uma foto, deitando-se ao lado do fóssil.

Também foram escavadas vértebras, ossos longos, costelas e diversos pequenos fragmentos.

Pesquisa para identificar o animal

Agora Leonardo integrará o grupo que vai tentar identificar as origens do animal. Até o momento, há somente suspeitas. “Ainda não temos como precisar se é o maior do Brasil. Temos muitas suspeitas, mas é muito chute ainda”, diz.

Os pesquisadores devem iniciar a etapa de preparação, que consiste em retirar o sedimento ainda envolvendo esses fósseis. E depois, inicia a fase de comparação com outras espécies já conhecidas, para tentar identificar o animal.

“Agora a gente tem uma série de perguntas que precisa responder sobre esse animal. A começar pela mais simples dela que é quem era esse animal, será que era uma nova espécie, será que era já conhecida? Depois tem uma série de outras perguntas como há quanto tempo esse animal viveu, como ele andava, quanto ele pesava, quem eram os outros animais que compartilhavam o ambiente com esse dinossauro gigante, e assim por diante”, conclui o estudioso.

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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