A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nessa quarta-feira (16) que será obrigatória a retenção de receita médica para venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda. Mounjaro e similares, que são usados para o emagrecimento.
A decisão passará a ter valor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União (DOU), como uma alteração na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 471/2021, que dispõe, entre outras coisas, sobre a prescrição e controle de medicamentos.
Atualmente, esta categoria de medicamentos classificada com a tarja vermelha só deveria ser comercializada com a apresentação da receita. Na prática, é comum que ela não seja exigida e, por isso, clientes sem o documento conseguem comprar os medicamentos.
A decisão foi tomada pela Anvisa depois da divulgação de uma carta pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na qual os médicos defendiam a necessidade de um maior controle na prescrição desse tipo de medicamentos.
Em seus votos, os diretores da agência destacaram que existe a necessidade de proteger a população do uso abusivo desses medicamentos. Conhecidos popularmente como “canetas emagrecedoras”, eles foram desenvolvidos para diabetes, mas acabaram sendo também indicados para a obesidade.
“O mercado não conseguiu dispor de meios para mitigar o uso irracional desses produtos frente a manifestações médicas recebidas”, afirmou o diretor Daniel Pereira em seu voto.
Atualmente, mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo. No Brasil, 56% dos adultos têm obesidade ou sobrepeso. O problema é um desafio de saúde global e há poucas opções farmacológicas para ele.
A doença é multifatorial e envolve questões genéticas, sociais, culturais, econômicas e ambientais. A obesidade está associada a complicações como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, doença hepática gordurosa não alcoólica e reduz a expectativa de vida.
Estudos recentes mostram que a perda de peso com medicamentos está se aproximando de magnitudes próximas àquelas alcançadas com a cirurgia bariátrica.
Medicamentos desenvolvidos para diabetes acabaram sendo também indicados para a obesidade após diversos estudos científicos comprovarem esse efeito colateral.
As drogas prometem a perda de até 17% da massa corporal em um ano, mas também têm sido procuradas por pessoas que querem emagrecer rápido, sem indicação para o tratamento com a substância, o que pode trazer riscos à saúde.
Ozempic e Wegovy têm como princípio ativo a semaglutida. Há ainda a substância liraglutida, usada nos medicamentes Victoza e Saxenda. A semaglutida é uma substância que substitui a ação de um hormônio chamado GLP1, produzido naturalmente no intestino.
Ela atua nas seguintes regiões do organismo:
Na prática, isso faz com que a pessoa se sinta mais satisfeita, o que pode levar a uma redução de 30% a 40% do consumo de calorias, dependendo da dosagem. Há ainda medicamentos para tratar obesidade e diabetes a base de liraglutida, caso de marcas como Saxenda e Vitosa.
As canetas podem causar efeitos colaterais, principalmente, no sistema gastrointestinal. Náusea e vômito estão entre os mais comuns. Até por isso, muita gente acredita que a perda de peso esteja relacionada a esses eventos.
Outros possíveis efeitos colaterais são:
Segundo a Novo Nordisk, fabricante dos remédios à base de semaglutida, a maioria dos eventos tem gravidade leve a moderada e acontece de forma transitória, ou seja, dura dias ou poucas semanas).
Riscos no pâncreas: A bula das canetas alerta para um efeito colateral grave, mas incomum: a pancreatite. Segundo o documento, pode afetar até 1 em 100 pessoas. Segundo Cynthia Valério, endocrinologista e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os medicamentos não causam a pancreatite, mas, se o paciente tiver histórico, ele não deve usar as canetas.
Em entrevista ao podcast O Assunto, a nutricionista Sophie Deram alertou que o uso indevido dos medicamentos pode, inclusive, causar o reganho de peso e até mesmo desencadear comportamentos compulsivos.
Fonte: G1RN
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