Jaécio Carlos

Quem dirige sabe que é incompatível, no mesmo lugar, trafegar ônibus, bicicletas, motos e agora querem incluir transporte escolar numa mesma faixa. Haja trabalho pros amarelinhos. O que vem de multa por aí não está fácil. É a indústria da multa que cresce, assustadoramente, penalizando muitos motoristas e enchendo os cofres da Prefeitura.

Carro não respeita moto, imagine ônibus respeitar ciclista. O ideal seria construir ciclovias nos canteiros das ruas e avenidas, mas aí vem outro problema a ser criado, desta vez com os ambientalistas que iriam discutir a retirada das árvores.

Pensa que é fácil? Cito como exemplo Mossoró, entupida de motos e bicicletas e os carros ficam em segundo plano, quase sem espaço para trafegar. Ali, não há engenharia de trânsito que dê jeito.

O pior horário é das 5:30 da tarde às 8 da noite. O lusco-fusco impede boa visibilidade e é onde acontecem acidentes, muitos deles fatais. Grupos de ciclistas e motoqueiros não sabem como fazer para terem seus lugares na pista, assegurados. Com o número de veículos crescendo a cada mês, o natalense fica aturdido com tamanha bagunça no trânsito. Motoristas estressados perdem a paciência na hora do rush e a cidade, sem opção de transporte urbano como metrô, por exemplo, fica a mercê do “deus dará”.

Não dá certo misturar veículos de pequeno porte com os gigantes do transporte coletivo. Não dá. Depois virão as reclamações e lamentações por conta de “mortes no trânsito”. Há muito o que fazer. Natal não tem estrutura organizacional que há em Vitória, Espírito Santo, nem muito menos em Curitiba, no Paraná, apenas para citr essas duas, como exemplo. Uma cidade deste tamanho, pequena, carece de pessoal conhecedor em logística e urbanismo.

As propostas de mudança e de qualidade de vida passam pela Câmara dos Vereadores. Esses cidadãos precisam ter conhecimento e boa assessoria para fazer boas projetos e leis que fvoreçam a cidade e o prefeito execute. Eu me lembro quando era assessor do vereador Assis Oliveira, redigi uma Lei para ser implantado o ensino de trânsito nas escolas públicas de Natal. A Lei foi aprovada, mas não executada, porque faltou dinheiro para escolas implantarem essa nova matéria. Muita coisa deveria ser ensinada nas escolas, mas mudar o currículo é outra batalha desigual.

Falar, só, não basta. É preciso fazer.

Jaécio Carlos – Publicitário e palestrante

Ponto de Vista

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