Segundo a Semas, amostras do material coletado foram enviadas para o Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e para um especializado da Marinha, a fim de verificar origem e possível relação com o óleo de 2019.
Na Bahia, a prefeitura de Salvador, através da Empresa de Limpeza Urbana do município (Limpurb), disse acreditar que os fragmentos têm como origem mesmo óleo que surgiu em 2019, que vieram à tona devido às fortes ondas e a maré que têm revolvido o óleo que ficou nas areias das praias.
A CPRH informou que essa é uma das hipóteses estudadas, mas que só pode se manifestar sobre a origem dos fragmentos em Pernambuco depois que saírem os resultados das análises.
O g1 perguntou para a Polícia Federal se o caso é investigado por ela, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
4. Como está sendo feito o monitoramento?
Representantes da agência de meio ambiente de Pernambuco, Ibama e Capitania dos Portos têm trabalhado em conjunto no monitoramento de todo o litoral do estado. Prefeituras também foram orientadas a realizar vistorias e notificar e fazer limpeza da área caso encontrem vestígios de óleo.
As equipes da CPRH ficaram responsáveis por monitorar Itamaracá, Itapissuma, Igarassu, Paulista, Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande.
O Ibama ficou com Ipojuca, e a Capitania dos Portos fiscaliza Goiana, Rio Formoso, ilha do Amor (entre Jaboatão e Cabo) e estuários de rios. Segundo a CPRH, o Ibama também realizou sobrevoos no litoral, sem identificar manchas.
É possível notificar casos de surgimento de fragmentos e manchas à CPRH em Pernambuco através do telefone (81) 99488-4453.
Na Paraíba, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que iria monitorar o litoral, mas não foram dados detalhes.
5. Há recomendação sobre banho de mar?
A diretora de fiscalização ambiental da CPRH, Silvana Valdevino, afirmou que é importante não tocar nos fragmentos caso apareçam na areai, mas que não há restrições ao banho de mar. Se tiver mancha na água, a recomendação é não entrar na área próxima para não ter contato.
6. Os vestígios encontrados são parecidos com os de 2019?
A origem do material ainda é investigada, mas o professor Clemente Coelho Júnior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE), apontou que há diferenças.