O TEMPO ESTÁ ACABANDO –

“O contrário do amor não é ódio, mas a indiferença”. (Friedrich Nietzsche, 1844 a 1900)

Grandes terremotos na China, Ciclones em Mianmar, Furacões no Caribe, Tsunamis na Ásia, incêndios na Austrália, Califórnia. Falta d’água na Austrália, Inundações na China, Alemanha, Coréia, Peru, Espanha, Paquistão, Brasil.

Em 2004, um terremoto de magnitude 9.1 na costa da província indonésia de Banda Aceh desencadeou um tsunami no Oceano Índico. O desastre provocou mais de 220.000 mortos em vários países. Na Indonésia, o número de vítimas chegou a 170.000.

Em 2005, o Furacão Katrina foi uma das tempestades mais fortes que atingiram a costa dos Estados Unidos nos últimos 100 anos. Os ventos chegaram a 280 quilômetros por hora. O Katrina se tornou o furacão mais letal da história dos Estados Unidos, provocando mais de 1.800 mortes.

Em 2005, um terremoto atingiu a região administrada pelo Paquistão, na Caxemira.

Em 2008, o ciclone Nargis, uma destruidora força da natureza com ventos de 190 quilômetros por hora, atingiu o país de Mianmar. O ciclone deixou cerca de 1 milhão de desabrigados, e o país contabilizou mais de 77.000 mortes.


Em 2011, um tsunami, que se seguiu a um terremoto de 9 graus de magnitude, devastou o nordeste do Japão, com a morte de 15.000 pessoas, atingindo a usina nuclear de Fukushima.

Essas são mensagens de catástrofes naturais que diariamente nos chegam das mais variadas partes do mundo, e de tal forma já incorporadas ao nosso dia-a-dia, que não nos causam mais espanto.

Diante dos grandes furacões, terremotos, vulcões e avalanches, a fragilidade do ser humano em comparação às forças da natureza fica evidente.

Vale registrar que, segundo relatórios da ONU e Cruz Vermelha Internacional, nos últimos 10 anos, o número de catástrofes naturais aumentou em 60% e o número de mortes passou de 600 mil para 1 milhão e 300 mil pessoas! Esses números são catalogados como catástrofes naturais e tendem a aumentar.

Apesar da seriedade da situação, a Terra continua também a receber diariamente notícias sobre a contínua devastação da floresta amazônica, vazamentos de óleo nos oceanos, derretimentos das grandes geleiras, buracos na camada de ozônio, poluição do ar e águas, aquecimento global, resultando no iminente esgotamento dos recursos naturais.

Na outra face da moeda, a desvalorização do ser humano, o aumento das drogas, o efeito devastador do desequilíbrio ecológico, a perda da dignidade, a inversão dos valores sociais, o aumento da massa humana sem rumo, a fome, as desigualdades sociais, os preconceitos, as guerras, o terrorismo, a globalização da miséria, a insegurança, o medo, a incerteza do futuro, tudo isto cria uma névoa espessa de energia negativa.

Integra o quadro da banalização da vida.

Relembro que tudo está ligado! A degradação do ser humano e a do planeta estão intimamente unidos;
e da mesma forma as soluções para as grandes questões. A Vida é difícil, e gera sofrimento.

A Terra está sendo saqueada por quem deveria protegê-la! Separamo-nos da Natureza.

Nietzsche ensinou, apud “Nietzsche para estressados”, de Allan Percy: “voltar à Natureza não significa ir para trás e sim para a frente!” É preciso mudar de atitude, de energia, para a valorizar a Vida!

A seu modo, o planeta está gritando aos quatro ventos, mas o Homem está tão desequilibrado que perdeu a capacidade de compreender os sinais. É preciso aprender com as tragédias, com o sofrimento.

Aprendi que tudo é Energia, tudo é uma simples equação – de ação e reação, entre campos eletromagnéticos. Trate bem que será bem tratado! Destrua e será destruído! O ser humano colhe o que planta.

Esta regra vale para qualquer situação, desde uma simples equação de física elementar (ou quântica), até uma relação “Homem-Homem” ou “Homem-Terra”. É uma lei cósmica!

É preciso compreender que o “homo sapiens” não tem o poder de destruir o planeta, mas tem a capacidade de gerar a destruição da humanidade. O lindo planeta azul continuará girando em torno do Sol e, daqui a 1 milhão de anos, fará surgir uma nova espécie de macacos, armados com paus e pedras, para atacar outro grupo de macacos; começando tudo de novo. Será?

A boa notícia é que somos singularmente poderosos; e ainda temos, sim, energia interior e a chance de evitar o desastre, individual e coletivo.
Mas, o tempo está acabando!

Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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