O PRESENTE DA VIDA E O SILÊNCIO DO AMANHÃ –
Vivemos todos em meio a uma corrida incessante, como se o amanhã fosse o verdadeiro destino. Trabalhamos, planejamos, acumulamos, sonhamos com o que ainda não é, acreditando que há sempre mais um degrau a subir, mais um desejo a conquistar. Mas o tempo, silencioso e implacável, sussurra uma verdade que insistimos em ignorar: daqui a cem anos, nenhum de nós estará mais aqui.
Quando muito, restará uma fotografia emoldurada em alguma parede antiga, o olhar congelado de quem um dia sonhou, amou e lutou. Talvez um neto curioso pergunte quem éramos, e alguém responda com poucas palavras — um nome, uma profissão, um traço de lembrança. E só.
O tempo cobre com um véu suave até as memórias mais intensas.
É curioso pensar que, ao olharmos para o passado, poucos de nós conhecem a história dos próprios bisavós. Não sabemos como riram, quais medos enfrentaram, o que amaram, o que os fez chorar. E, ainda assim, eles existiram — tão vivos, tão urgentes, tão cheios de planos quanto nós somos hoje. Tudo o que batalharam, o que guardaram com zelo, o que defenderam com unhas e dentes, perdeu-se nas brumas do esquecimento.
Essa constatação não deve nos entristecer, mas nos libertar.
Porque ela nos convida a entender que a vida não é feita para ser eternizada — é feita para ser vivida.
O verdadeiro sentido não está em deixar marcas indeléveis no tempo, mas em tocar, ainda que por um instante, os corações que caminham ao nosso lado. Está em ser presença, em ser bondade, em ser amor enquanto o relógio ainda marca o agora.
Tudo que acumulamos se desfaz, mas o gesto simples de acolher alguém, de ouvir com atenção, de sorrir mesmo em meio ao caos — isso ecoa além do tempo.
Não na memória dos outros, mas na essência do universo, onde cada ato de amor permanece, invisível e eterno.
Por isso, quando o pensamento se perder no amanhã, volte ao presente.
Olhe ao redor.
Sinta o ar que entra e sai, o calor do sol na pele, o som de quem você ama.
A eternidade está aqui — escondida dentro deste instante que, tantas vezes, deixamos escapar.
Raimundo Mendes Alves – Advogado e vereador
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