O INFERNO ASTRAL DE LULA – Ney Lopes

O INFERNO ASTRAL DE LULA –

O presidente Lula enfrenta um período de “inferno astral”, com a queda do seu índice de aprovação.

Desde o início do seu terceiro mandato, o presidente tem menos de 50% de aprovação.

A avaliação positiva caiu de 52% para 47%, e a desaprovação subiu de 43% para 46%.

As entrevistas sobre a Venezuela e Israel, intervencionismo na economia, pressões inflacionárias trouxeram insatisfações para o governo, citado por 50% pesquisados.

Seria importante deixar de lado o discurso em relação a Petrobras e a Vale.

Isso só aumenta a indefinição na economia, prejudicando o investimento, que foi mal em 2023.

No contexto geral, não se há de negar que indicadores mostram crescimento mais firme da economia.

Há outra causa, para o desgaste das lideranças brasileiras, de direita e de esquerda.

Aí se incluem Bolsonaro e Lula.

Chama-se radicalização política.

O presidente prometeu paz, mas não se comporta assim. Volta a acusar Bolsonaro de “covardão” por não ter levado adiante seus planos golpistas.

Além de inconsequente, “absolveu” o ex-presidente, afirmando que não houve golpe, já que no direito brasileiro “pensar em dar golpe” não configura crime.

Seria necessário consumá-lo.

A polarização política e social é a divisão das pessoas em grupos distintos, com probabilidade mínima para convergir em uma agenda uniforme.

Tem conotações variadas, no campo da política.

Os líderes coagem os seguidores, através de persuasões, reflexão de pensamentos e lavagem cerebral, forçando que pensem como eles.

Formam comunidades de “autômatos” (as pessoas agem como máquina, apenas cumprindo ordens).

A polarização política existe não apenas no Brasil, mas no mundo.

O quadro se agrava pelo consumo de informações nas redes sociais, sem controle.

Há imperiosa necessidade de incentivo às populações mais jovens para o cuidado com a informação que lhes chega e formação de verdadeiro pensamento crítico.

As pessoas não podem isolar-se da política.

Todos estão ativamente envolvidos, ou apenas observador passivo.

Os adeptos da radicalização são pessoas que exibem” rigidez cognitiva” (dificuldade na aquisição de informações, que envolve o raciocínio, pensamento, memória, percepção) e percebem a realidade em termos simplistas.

Esses indivíduos geralmente têm uma baixa tolerância à frustração e má satisfação com a vida.

Outros fatores levam à polarização, tais como, o desemprego, desigualdade e crises econômicas.

As consequências de um ambiente polarizado são desastrosas para os indivíduos e para a sociedade.

Assemelha-se a uma droga viciante – quanto mais pessoas polarizadas, melhor para espalhar a desinformação.

A esperança é que, da mesma forma que a polarização gera um ambiente político tóxico, também possa produzir mudanças e rupturas em países com sistemas políticos corruptos e ineficazes.

Como o colesterol, que pode ser bom e ruim, há casos em que a polarização política poderá ter efeitos positivos.

O colesterol “bom” é o HDL.

Espera-se, que ele prevaleça na polarização política brasileira e nos proteja da selvageria da radicalização.

 

 

 

 

Ney Lopes – jornalista, advogado e ex-deputado federal

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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