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O ESTAR LÁ E O ESTAR CÁ – Flávio Rezende

O ESTAR LÁ E O ESTAR CÁ –

Acordar, fumegar o precioso café no fogão herdado e bem cuidado é pule de dez para montar a Honda, e partir em expedição exploratória no calçadão de Ponta Negra.

No intervalo entre os passos, como o vácuo do baticumdum do coração, os pensamentos fluem e a mente viaja.
Como “a mais tarde” dois compromissos sociais me aguardam, ambos com DNA festeiro, lembrei do discurso de uma autoridade, enaltecendo nosso atual momento carnavalesco, enquanto narrava considerações menores sobre os passados.

Aí comecei a lembrar de alguns e recordo, que ao momento de seus tempos, eram considerados por muitos como legais.

Na época de Garibaldi prefeito, por exemplo, de 86 a 89, Salvador fervia com o axé e trios elétricos, enquanto aqui a gente babava de inveja.

Gari trouxe trios famosos ali para a Praia dos Artistas. Lembro de estar no bar de Witame curtindo a mil Dodô e Osmar, Moraes Moreira etc.

Os trios também já fizeram a alegria em Pirangi e depois virou moda falar mal deles.

Hoje as bandinhas estão de volta, adoro, mas também curti muito os trios.

Temos que torcer para que aconteça o que mais gostamos, mas às vezes o que predomina em algum tempo também tem suas positividades e provoca genuína animação.

As músicas também nem sempre são as que preferimos, mas sempre rola algo ao gosto, podendo o folião também criar sua própria festa e ser feliz.

Neste sentido a prefeitura atual vem trabalhando junto com Dácio Galvão, o carnaval multicultural, dando vez e voz a bandas que representam vários estilos, no que aplaudo.

Já passando do meio dos cinquenta, posso ter uma visão de vários carnavais, gostando de todos, com exceção, claro, dos anos em branco, que possibilitaram também viajar e até fazer palestras em Campina Grande, onde rolava o Encontro da Nova Consciência.

O carnaval que passou valeu, tempo dos blocos foi demais, hoje até relembrados por Sérgio Fernandes, Meméia, Paulocha e outros. Os trios arrasaram. Agora está lindo, muitos blocos, shows, violência quietinha no evento, tempo muito positivo para brincar.

Animado novamente me juntei a Nithay Chand e Radha Gopali para contribuir com a saída do Cores de Krishna, no sábado de carnaval, Polo Ponta Negra.

Então no passado ou no presente, dançando ou até assistindo palestras em Campina Grande ou jazz em Gravatá, vamos balançar o esqueleto e espalhar amor no ritmo do frevo, axé, MPB, reggae, rock, samba e demais baticumduns.

 

Flávio Rezende – Jornalista e ativista social

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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