O CAMALEÃO CARLOS EDUARDO ALVES – Gleydson Batalha

O CAMALEÃO CARLOS EDUARDO ALVES –

Certa vez um amigo me falou entre uns goles e outros de whisky 12 anos tendo ao fundo o Rio Potengi, que a politica é a arte do interesse e da traição, realmente analisando os recentes acontecimentos políticos em nossa aldeia, vejo que realmente ele tinha razão. Estamos em um ano eleitoral e nossos representantes estão em pleno vapor nas negociações de seus interesses pessoais. O caso mais emblemático discutido diuturnamente nas confrarias e esquinas da capital dos Reis Magos, também motivo de artigos e notinhas nos jornais, é sem dúvida a figura do politico camaleão. De acordo com o dicionário esses répteis pertencem à família Chamaeleoni, acredita-se que existam entre 150 e 160 espécies diferentes de camaleões no mundo.

Uma das características desses animais é a capacidade de mudar de cor, o que lhe permite camuflar-se ao ambiente do seu interesse. O politico potiguar que mais se enquadra nesse conceito multável é sem dúvida o ex-prefeito da capital potiguar Carlos Eduardo Alves. O nobre carioca que tirou o sobrenome Alves do seu marketing político para se eleger livre de qualquer influência familiar, foi eleito pela primeira vez deputado estadual em 1986, por causa do prestigio do seu tio Aluízio Alves, irmão do seu pai Agnelo, na época fez dobradinha politica com Henrique Alves e Ismael Wanderley em vários municípios do RN. O camaleão Carlos Alves, se aproveitando da força do Sistema de Comunicação da sua família (rádio, jornal e TV) conseguiu se reeleger em 90, 94 e 98. No ano 2000 o seu partido PMDB possuía dois postulantes à prefeitura de Natal, o deputado estadual Wober Junior e o vereador Edivan Martins. Como a politica é dinâmica, neste ano houve uma reconciliação da prefeita Wilma de Faria com o presidente do partido Aluízio Alves. A Chefe do Poder Executivo solicitou que o velho bacurau indicasse o vice para a sua reeleição. Na ocasião Aluízio, Henrique e Garibaldi preteriram os amigos correligionários de longas datas e preferiram indicar o parente camaleão Carlos Alves. Todos sabiam que a família Alves tinha um candidato a governador em 2002, que era o então decano da Câmara Federal Henrique Eduardo Alves. Reeleita prefeita e Inflada pelo finado vereador de Natal Renato Dantas, também de posse de pesquisas eleitorais a alcaidessa Wilma de Faria resolveu se desincompatibilizar da prefeitura da cidade do sol e sair candidata ao governo.

O final dessa história todos já sabemos. Neste mesmo ano o camaleão Carlos traiu a família, saiu do PMDB e se filiou ao PSB. Em 2006 o senador Garibaldi Filho, foi candidato ao governo do estado novamente, e o seu primo prefeito de Natal que tinha sido seu secretário de Cidadania, não retribui o gesto de consideração e votou em Wilma de Faria para o comando do estado. Quatro anos depois já querendo ser independente e sem o apoio da ex-mulher de Lavoisier, Carlos Alves tentou o governo do RN e teve uma votação deplorável juntamente com o deputado Álvaro Dias. Em 2012 se aproveitando da fragilidade da administração da prefeita Micarla de Souza, convidou a ex-governadora Wilma de Faria para ser a sua candidata à vice. Nesse mesmo ano antes do fechamento da chapa da oposição, ele procurou o vice-governador Robson Faria para apoia-lo, o substituto de Rosalba foi o primeiro politico a apoiar o camaleão para a sua volta ao Palácio Felipe Camarão, com o compromisso de retribuir o apoio ao amigo Robson em 2014 para o governo. Entra em ação novamente o camaleão de sobrenome Alves. Traiu o seu amigo, vizinho de condomínio em Areia Preta e apoiou o presidente da Câmara Federal Henrique Alves que havia traído em anos anteriores. Como é da natureza do camaleão a adaptação, em 2016 mais uma traição para o seu currículo, ele candidato a reeleição, escanteia a sua vice-prefeita Wilma de Faria, e convoca o caicoense

Álvaro Dias para ser seu companheiro de chapa. Finalizando essa sequência histórica de cambalacho na politica da nossa província, lembro aos meus leitores que em 2018, o dissimulado advogado teve mais uma derrota para o governo do estado, na ocasião para Fátima Bezerra  atual governadora. A necessidade de mutação que ele possui é tão grande que o filho do Rio de janeiro Carlos Alves, quer agora ser o senador do Partido dos Trabalhadores, mesmo tendo viralizado um vídeo onde há quatro anos, a sua esposa Andreia Ramalho falou coisas horríveis da irmã de Tetê. Eu não acredito que os camaradas do PT sejam tão inocentes em votar em um candidato a senador que se eleito vai trair como sempre fez seus familiares, amigos e companheiros. Sim! Lembrando que antes de ser um réptil, ele era uma ave

chamada BACURAU.

 

 

 

 

 

 

 

Gleydson Batalha – jornalista e apresentador do programa O Melhor da Noite

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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