Bruno Silva tem mais de 12 mil corridas desde que começou a trabalhar como motorista por aplicativo de transporte há quase 4 anos em Natal. Nos últimos meses, no entanto, viu o rendimento cair por causa dos constantes reajustes na gasolina. “Diminuiu bastante o ganho dos motoristas”, resume.
Se Bruno ainda persiste no trabalho, parte dos colegas de categoria já desistiu. De outubro de 2020 pra cá, o número de profissionais caiu de 8 mil para 6 mil em Natal e Região Metropolitana, segundo estimativa da Associação dos Motoristas Autônomos do RN (Amapp) – uma redução de 25% em 10 meses.
Um dos principais motivos é a alta no preço da gasolina. O RN por exemplo, tem a terceira mais cara do Nordeste, segundo o levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Apenas Piauí e Alagoas tem preços maiores.
O preço médio do litro no estado é de R$ 6,08. Na capital, a média é R$ 6,15.
“O cenário atual é muito preocupante. Por um lado, pela falta de ajustes nas suas tarifas, e por outro, o aumento significativo do combustível nos últimos meses. Isso faz com que a rentabilidade do motorista caia muito e assim afasta os motoristas das atividades”, explicou Evandro Henrique Roque, presidente da Amapp-RN.
Outro ponto criticado é a falta da revisão tarifária, que já começa a acontecer em alguns aplicativos em cidades como Salvador e Belo Horizonte.
“Cinco anos que estamos aqui e cinco anos que não houve nenhum reajuste dos aplicativos. As tarifas são as mesmas”, criticou o motorista por aplicativo Gilvan Sarinho. “Hoje em dia pra você bater a meta são quase 12 horas de serviço [por dia]”.
Os motoristas contam que quem trabalhava com carro alugado devolveu porque não compensa mais trabalhar com gasolina neste valor. Muitos fazem a opção pelo Gás Natural Veicular (GNV).
“Em 2017, nós pagávamos R$ 3,39 por um litro de gasolina. Hoje, esse valor ultrapassa os R$ 6. Realmente torna a atividade inviável”, falou o presidente da Amapp-RN.
“O preço da gasolina que está bem mais alto que antigamente e aumentou ainda o preço do aluguel – e muita gente também trabalhava de carro alugado. Juntando esses dois fatores, a tendência é o pessoal ir entregando os carros e parando de trabalhar”, fala o motorista por aplicativo Jefferson Dantas.
Com menos motoristas circulando, sobra também para os passageiros. “Isso faz com que a oferta de motoristas diminua e traz transtornos aos passageiros, que demoram muito a terem suas solicitações atendidas. É um cenário muito preocupante”, disse o presidente da Amapp-RN.
Fonte: G1RN
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