Os reservatórios das hidrelétricas da Região Sudeste/Centro-Oeste devem fechar o mês de outubro com o pior nível dos últimos 14 anos, em 19%. Nesse ritmo, até meados de novembro, o volume médio de água armazenado nas represas alcançará 16% – número considerado bastante baixo na avaliação de especialistas e técnicos do setor. Quanto menor o nível dos reservatórios, menor o rendimento da usina, que gasta mais água para produzir a mesma quantidade de energia elétrica.
Algumas hidrelétricas já estão operando abaixo dos 16%, como é o caso de Nova Ponte (14,22%), Itumbiara (14,61%) e São Simão (12,03%), no Rio Paranaíba, e Marimbondo (12,58%), no Rio Grande Furnas, uma das principais usinas do Sudeste/Centro-Oeste, está com 16,29% de armazenamento. Um técnico do governo resumiu o quadro atual: “A situação é complicada, mas ainda gerenciável. Vamos bater na trave este ano”.
Segundo o meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento, nos últimos dias, as chuvas voltaram a cair nas áreas dos grandes reservatórios, como o do Rio Paranaíba e Rio Grande. “Mas a água que cai nas represas é muito menor que o volume que sai, por isso o nível de armazenamento continua a cair.” Nos cálculos dele, esse movimento deve persistir até a segunda quinzena de dezembro, quando o nível dos reservatórios voltará a subir.
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