Categories: Blog

MP denuncia venda de sentenças no Tribunal de Justiça

O Ministério Público do Rio Grande do Norte ajuizou e o Juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Natal Raimundo Carlyle acatou Denúncia contra a servidora Ana Lígia Cunha de Castro, Assessora do Desembargador Rafael Godeiro a época das investigações, por crime de corrupção passiva.

A Denúncia ajuizada pelo Ministério Público Estadual foi recebida ontem (13) e as acusadas são Sônia Abrantes de Sousa, que pretendia conseguir decisão judicial favorável; e Ana Lígia Cunha de Castro, Assessora do Desembargador Rafael Godeiro.

Segundo a Denúncia dos Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Ana Lígia teria vendido a ideia a Sônia Abrantes de que, em virtude da amizade entre o pai da primeira, o Juiz de Direito aposentado Lavoisier Nunes de Castro, com o Desembargador Rafael Godeiro, seria mais fácil a obtenção do provimento judicial favorável.

“A assessora do desembargador quer 15 mil reais para ser dada a decisão”. Traz um dos trechos de diálogo por telefone interceptado durante investigação da Polícia Federal autorizada pelo Juiz Federal Mário Jambo, da 2ª Vara Federal, mas que não investigava venda de sentença no TJRN.

Sônia Abrantes havia sido selecionada para Defensora Pública em caráter temporário e com a proximidade do fim do seu contrato tentou buscar uma liminar judicial para continuar no cargo e ser efetivada sem o ingresso através do concurso público.

Embora a negociação tenha sido realizada a decisão não foi concedida em favor da acusada. Na distribuição o processo não ficou com o Desembargador Rafael Godeiro, mas com o Desembargador Caio Alencar, que indeferiu a liminar em 06/05/2008.

Comprovada a negociata, os Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público pediram à Justiça a condenação de Sônia Abrantes e Ana Lígia, respectivamente, pelos crimes de corrupção ativa (artigo 333 do Código Penal) e corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal); além da perda da função pública.

A Denúncia do MP Estadual lembra ainda que a Promotoria de Defesa do Patrimônio Púbico já tinha conhecimento de outra conduta ilícita de Ana Lígia Cunha de Castro. Em 23 de junho de 2004 foi instaurado Inquérito Civil na 46ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público para apurar possível prática de “exploração de prestígio” e outros crimes como extorsão, peculato a apropriação indébita que teriam sido praticados pela denunciada.

Os fatos teriam ocorrido em 2004, quando também no exercício de função de Assessora do Desembargador Rafael Godeiro, Ana Lígia atuava negociando decisões judiciais apresentando-se como advogada do escritório do seu pai.

O Juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Natal Raymundo Carlyle, ao acatar ontem a Denúncia do MPRN, decretou a quebra de sigilo telefônico e bancário das denunciadas, além de estipular prazo de 10 dias para que as partes citadas se defendam.

Fonte: nominuto.com

Ponto de Vista

Recent Posts

COTAÇÕES DO DIA

DÓLAR COMERCIAL: R$ 5,0710 DÓLAR TURISMO: R$ 5,2790 EURO: R$ 5,4610 LIBRA: R$ 6,3720 PESO…

12 horas ago

Operação Tatuí para show da Madonna encontra facas, panelas e até cocos enterrados nas areias de Copacabana

A Secretaria de Ordem Pública (Seop) realizou na madrugada desta sexta-feira (3), na Praia de…

13 horas ago

Ciclista morre após ser atropelado por carro-forte na BR-304 em Mossoró

Um ciclista morreu após ser atropelado por um carro-forte na manhã desta sexta-feira (3), em…

13 horas ago

Bombeiros aprovam palco para show de Madonna, no Rio

O Corpo de Bombeiros aprovou o palco e as instalações preparadas para o show de…

13 horas ago

‘Adega’ no fundo do mar: vinhos são vendidos pela 1ª vez após 12 meses mergulhados em SC

Trezentas garrafas de espumantes e vinhos brancos foram colocadas à venda em 2024, pela primeira vez,…

13 horas ago

Ministério da Agricultura reconhece RN como estado livre da febre aftosa sem vacinação

Uma portaria do Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa), publicada nessa quinta-feira (2), mudou o…

13 horas ago

This website uses cookies.